Tem lugares que nem adianta pesquisar. Com o novo aumento da gasolina, que começou a valer na última terça-feira (26/10), dificilmente moradores de cinco cidades de Minas Gerais vão encontrar o combustível a menos de R$ 7 o litro. O levantamento foi feito pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 31 municípios de todas as regiões do estado.
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Em São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, é onde foi encontrada a gasolina com valor "menos caro", a R$ 7,009 o litro. O combustível mais caro de todos está em Paracatu, no Noroeste: R$ 7,479, o litro da gasolina.
Na capital, Belo Horizonte, os preços beiram os R$ 7. O valor mais caro encontrado pela ANP em BH foi de R$ 6,897.
Veja onde o combustível já custa mais de R$ 7
Preços mais baixos encontrados nos postos, segundo a ANP
- São Sebastião do Paraíso - R$ 7,009
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Viçosa - R$ 7,060
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Três Corações - R$ 7,096
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Unaí - R$ 7,099
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Patos de Minas - R$ 7,177
Preços mais altos encontrados nos postos, segundo a ANP
- Patrocínio - R$ 7,289
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Viçosa - R$ 7,289
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Juiz de Fora - R$ 7,299
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Três Corações - R$ 7,299
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São Sebastião do Paraíso - R$ 7,299
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Passos - R$ 7,299
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Unaí - R$ 7,389
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Paracatu - R$ 7,479
Por que tão caro?
O preço dos combustíveis está elevado por causa da atual política de preços da Petrobras, que completou cinco anos neste mês de outubro. Segundo o Observatório Social da Petrobras (OSP), justamente neste mês, o valor real da gasolina, descontada a inflação, atingiu patamar recorde. O observatório é mantido pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), organização sindical representante de empregados da estatal.
Na prática, o preço do combustível é balizado com o equivalente em dólar, mesmo o produto sendo produzido aqui no Brasil.
Segundo o OSP, desde que o PPI (Preço de Paridade de Importação) foi implementado, em 2016, no governo de Michel Temer, os combustíveis vendidos no Brasil acumulam uma alta muito acima da inflação. Nesse período de cinco anos, a gasolina registrou aumento real de 39%, com reajuste nominal (sem ajuste da inflação) de 79%.