No pior outubro em cinco anos, as vendas de veículos zero quilômetro caíram 24,5% no mês passado contra o mesmo período de 2020. No total, 162,4 mil unidades foram licenciadas no País, entre carros de passeio, utilitários leves, como picapes e vans, caminhões e ônibus. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira, 4, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias. Na comparação com setembro, houve crescimento de 4,7%, mas a base de comparação é fraca, já que o mês anterior a outubro foi o pior do ano até agora.
A escassez de componentes eletrônicos, que provoca interrupções na produção das montadoras, segue sem dar trégua, levando à falta de modelos nas revendas.
No acumulado desde o início do ano, as vendas chegaram a 1,74 milhão de veículos, 9,5% a mais do que nos dez primeiros meses de 2020, período em que o mercado foi atingido pela chegada da pandemia ao País, com fechamento de revendas de carros nos maiores mercados por pelo menos dois meses.
A tendência, porém, é que a diferença em relação ao ano passado seja reduzida até o fim de dezembro. Associação representante das montadoras, a Anfavea não descarta a possibilidade de um pequeno recuo de 1% no resultado final de 2021.
O volume vendido no mês passado foi o menor para outubro desde 2016, quando menos de 160 mil veículos foram emplacados em igual período. Na época, o setor sentia os efeitos da prolongada recessão no Brasil.
Líder do mercado, a Fiat responde por 22,5% das vendas de carros e utilitários leves acumuladas desde o início do ano. Na sequência, aparecem Volkswagen, com 15,6% do mercado, General Motors (11,1%) e Hyundai (9,45%).
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