O líder do governo, Ricardo Barros, disse que a Câmara dos Deputados convocará sessão na próxima segunda-feira, 8, às 18h, com "efeito administrativo", o que significa que parlamentares faltantes podem ter o ponto cortado. "Ideia é votar demais projetos na segunda-feira e a PEC dos Precatórios na terça-feira", afirmou Barros.
Por uma margem de apenas quatro votos, o governo conseguiu aprovar, na madrugada desta quinta-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios na Câmara e abrir espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil e outros gastos às vésperas da eleição presidencial. Além da avaliação dos destaques, o texto da PEC tem que ser votado em mais um turno na Câmara e seguirá, então, para o Senado.
Na prática, a convocação da sessão para segunda-feira "obriga" os deputados a estarem em Brasília, já em preparação para a votação dos destaques e do segundo turno da PEC no dia seguinte.
Depois da margem apertada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), tomou café da manhã com Barros e outros parlamentares nesta quinta-feira para dar continuidade às negociações com deputados e partidos em torno da votação.
Mais cedo, no Twitter, Lira disse que, com a votação, a Câmara mostrou "compromisso com os mais desfavorecidos".
"Conversamos muito internamente, como também com todos os segmentos. Buscamos atender as demandas de cada grupo e, principalmente, acolher aqueles que sofrem com a fome e desemprego", tuitou.
O presidente disse ainda que, num esforço pós-pandemia, o Brasil seguirá sem deixar ninguém para trás. "Sensibilidade, compromisso e responsabilidade social devem andar juntos", completou.
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