O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou um aumento de 1,22% em outubro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (10/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Embora tenha ocorrido uma queda em relação a setembro, quando o índice ficou em 1,34%, o aumento da gasolina foi o item que causou maior impacto individual para a inflação em outubro, na Grande BH. A variação acumulada no ano é de 7,77% e de 10,46% nos últimos 12 meses.
No país, a variação mensal foi de 1,25%,
acima da taxa de setembro, de 1,16%
. Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%). No ano, o índice acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%.
Transportes com a maior alta
Na Grande BH, oito grupos apresentaram variações positivas:
- Transportes (2,54%),
- Alimentação e Bebidas (1,54%),
- Vestuário (1,12%),
- Artigos de Residência (1,06%),
- Habitação (1,02%),
- Comunicação (0,77%),
- Despesas Pessoais (0,59%)
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,19%)
Somente o grupo Educação apresentou queda de 0,06%.
O resultado do grupo de Transportes foi influenciado principalmente pelo aumento da gasolina (2,85%), causando o maior impacto individual do mês. Também tiveram destaque, os seguintes aumentos:
- passagens aéreas (37,47%),
- transporte por aplicativo (27,44%),
- etanol (3,72%),
- motocicleta (3,38%),
- automóvel usado (1,63%)
- automóvel novo (1,40%)
Tomate foi o vilão do grupo Alimentação
No grupo Alimentação e Bebidas (1,54%), os destaques foram para as altas no preço do tomate (36,14%), do frango em pedaços (4,57%), da batata-inglesa (9,61%) e dos panificados (1,18%). Já o leite longa vida (-3,65%) e o arroz (-1,31%) apresentaram as maiores quedas.
Em alimentação fora do domicílio (1,36%), o lanche teve aumento de 2,56% e a refeição de 0,91%.
Em Vestuário (1,12%), as roupas tiveram um aumento de 1,22%. Já em Habitação (1,02%), o resultado foi influenciado principalmente pelo gás de botijão (5,41%). Mas, também tiveram destaque os aumentos do condomínio (2,07%) e aluguel residencial (0,98%).
No Brasil
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, no país. Transportes (2,62%) registrou o maior aumento, principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual no índice do mês. Foi a sexta alta consecutiva nos preços desse combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria