O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, afirmou, em discurso a líderes empresariais nesta segunda-feira, 15, que a entidade seguirá provendo forte apoio monetário diante da perspectiva de inflação para os próximos anos abaixo da meta de 2%.
"É provável que a taxa de inflação no Japão aumente gradualmente em direção ao ano fiscal de 2023, quando a pandemia de covid-19 deverá ter terminado, mas não atingirá a meta de estabilidade de preços de 2% até então. Dada essa perspectiva, enfatizo que o BoJ ainda precisa continuar persistentemente com a poderosa acomodação monetária, com o objetivo de alcançar o objetivo de estabilidade de preços", declarou o banqueiro central.
De acordo com ele, a recuperação econômica no Japão tem sido mais lenta que o esperado por conta da disseminação recente da variante delta do coronavírus, que deixou o consumo "estagnado" por um período, além de problemas na cadeia global que seguraram as exportações e produção japonesas.
"As perspectivas para a economia do Japão são de que, por enquanto, a pressão decorrente da vigilância contra a covid-19 provavelmente permanecerá no consumo de serviços, e as exportações e a produção devem permanecer em um fase de desaceleração temporária devido a restrições do lado da oferta", projetou Kuroda.
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