Se o preço dos produtos nas prateleiras dos supermercados já está alto, para almoçar fora de casa o consumidor também precisa preparar o bolso. Um levantamento de preços em restaurantes e self-services de Belo Horizonte, realizado pelo site de pesquisa Mercado Mineiro entre os dias 17 a 19 de novembro de 2021, aponta que, em média, o trabalhador desembolsaria R$ 692,02 por mês para pagar a refeição (com refrigerante) em 22 dias de serviço no mês.
O que mais impressionou no estudo foram os aumentos no preço médio dos últimos 11 meses. O custo dos restaurantes está cada vez maior, impulsionado pelos aumentos da carne, óleo de soja, arroz, feijão, verduras, legumes, energia elétrica e ainda o período parado em função da pandemia do coronavírus, que gerou um prejuízo financeiro.
O valor do prato feito subiu de R$ 20,70 para R$ 22,00, um aumento de 6,30%. O valor do marmitex grande subiu de R$ 18,22 para R$ 20,01, um aumento de 9,81%. O marmitex pequeno subiu de R$ 14,24 para R$ 15,08, um aumento de 5,9%. O valor do quilo do self-service subiu 8,39%, onde o preço médio, que era de R$ 48,65, passou para R$52,73.
Imaginando um cenário de 22 dias trabalhados, por meio quilo do valor médio da comida a quilo com um refrigerante, o trabalhador pagaria para almoçar R$ 692,02.
No mesmo caso, consumindo um marmitex grande pelo preço médio atual com um suco natural, o valor total mensal seria de R$ 564,39. Já com o tradicional prato feito, nos 22 dias com refrigerante, o valor mensal médio seria de R$ 596,06.
No mesmo caso, consumindo um marmitex grande pelo preço médio atual com um suco natural, o valor total mensal seria de R$ 564,39. Já com o tradicional prato feito, nos 22 dias com refrigerante, o valor mensal médio seria de R$ 596,06.
Segundo Feliciano Abreu, economista e coordenador do Mercado Mineiro, se fosse levando em conta o tempo que os restaurantes ficaram de portas fechadas o aumento poderia ter sido ainda maior.
"São vários aumentos que os restaurantes tiveram, além do período parado. Foi desde o gás de cozinha até a carne e a energia elétrica, que foram os maiores aumentos que tiveram, porque sem esses três dificilmente um restaurante sobrevive e foram os que mais tiveram impacto. Subiu muito, mas se pegar na ponta do lápis era esperado um aumento maior", explica.
"São vários aumentos que os restaurantes tiveram, além do período parado. Foi desde o gás de cozinha até a carne e a energia elétrica, que foram os maiores aumentos que tiveram, porque sem esses três dificilmente um restaurante sobrevive e foram os que mais tiveram impacto. Subiu muito, mas se pegar na ponta do lápis era esperado um aumento maior", explica.
"Os estabelecimentos não têm condições de aumentar como deveriam porque o cliente, que já está reduzindo, vai embora. Muita gente tem ticket de alimentação com valor fixado e essas pessoas estão contando com a marmita de casa para complementar ou até mesmo substituir", acrescenta Feliciano.
Variação
As variações entre os estabelecimentos são sempre muito grandes e justificáveis em virtude da variedade de opções, localização e, em alguns casos, devido a qualidade. O valor da comida a quilo pode custar de R$ 12,00 até R$ 149,00, com uma variação de 1.142%.
O valor do prato feito pode custar de R$ 9,99 até R$ 48,00 com uma variação de 380%. O valor do marmitex grande pode custar de R$ 9,99 até R$ 39,90, com uma variação de 299%. O valor do marmitex pequeno pode custar de R$ 8,00 até R$ 23,99 com uma variação de 200%.
Nas bebidas também há variações significativas. O suco natural de laranja de 300ml pode custar de R$ 3,00 até R$ 8,00 com uma variação de 167%. O valor do refrigerante em lata de 350ml pode custar de R$ 3,00 até R$ 6,60, com uma variação de 120%.
Nas bebidas também há variações significativas. O suco natural de laranja de 300ml pode custar de R$ 3,00 até R$ 8,00 com uma variação de 167%. O valor do refrigerante em lata de 350ml pode custar de R$ 3,00 até R$ 6,60, com uma variação de 120%.
A pesquisa completa está disponível no site Mercado Mineiro.