A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a operação pela qual o Bradesco passa a deter indiretamente, de forma isolada, a totalidade do capital social e votante do Banco Digio, empresa integralmente controlada, diretamente, pela Kartra Participações e, indiretamente, pela Elo Participações e pelos grupos Banco do Brasil e Bradesco, por meio da BB EloPar e da Bradescard, respectivamente. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Pelo contrato, segundo as empresas informaram em outubro, o Bradesco adquire a participação restante de 49,99% no Banco Digio por R$ 625 milhões, passando a deter, indiretamente, 100% do capital social da empresa. A operação foi realizada entre a Bradescard Elo e a BB Elo.
Em fato relevante quando do anúncio do negócio, o Bradesco informou que o Digio é um banco digital, que disponibiliza aos seus clientes pessoas físicas uma "experiência diferenciada" para realização de suas atividades financeiras e de pagamentos.
Atualmente, o Digio tem aproximadamente 2 milhões de cartões de crédito e também oferece contas e crédito pessoal aos seus clientes. A sua carteira de crédito é da ordem de R$ 2,5 bilhões.
"Essa transação está alinhada com a estratégia do Bradesco de investir em empresas digitais, complementando de maneira diversificada a sua atuação e atingindo variados públicos, com diferentes modelos", afirmou o Bradesco.
De acordo com o Banco do Brasil, o impacto estimado no resultado do BB é de aproximadamente R$ 175 milhões, via equivalência patrimonial, e não há efeito material no capital.
ECONOMIA