O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta terça-feira, 7, que a privatização de estatais seja apresentada na campanha eleitoral como um caminho que o País pode trilhar para diminuir sua dívida ao mesmo tempo em que reduz a pobreza. Mesmo em ano eleitoral, o ministro prometeu privatizar tanto os Correios quanto a Eletrobras em 2022. Sobre a Petrobras, disse ser também favorável à privatização, mas que ela não está no plano do governo no atual mandato.
A agenda do governo na tentativa de reeleição deve ser, segundo ele, realizar o que não andou no mandato em curso, o que inclui a privatização da Petrobras, assim como a capitalização da Previdência e o lançamento da carteira Verde e Amarela, junto com a manutenção de programas sociais. "O programa para o novo mandato é claro: terminar o trabalho", afirmou Guedes.
Manifestando novamente apoio à privatização da Petrobras, que poderia, segundo ele, seguir o mesmo modelo de capitalização da Eletrobras, Guedes avaliou que a venda de empresas públicas terá maior apelo político se 80% dos recursos levantados forem para pagamento da dívida pública, e os 20% restantes transferidos a famílias mais pobres.
"Temos que ser mais agressivos em transferência de riqueza", afirmou Guedes durante fórum promovido pela consultoria Eurasia.
Ao citar outra fonte de recursos que poderia ser destinado a um fundo social, ele acrescentou que a União tem um patrimônio ao redor de R$ 1 trilhão em imóveis. "Provavelmente a maior empresa imobiliária do Brasil é o governo."
Segundo Guedes, reduzir a pobreza com privatizações seria um incentivo a políticos que costumam questionar quais seriam os benefícios delas.
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