Após manter o "plano de voo" e elevar a Selic mais uma vez em 1,5 ponto porcentual - para 9,25% ao ano - o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou uma nova elevação de mesma magnitude na próxima reunião, em fevereiro, para 10,75% ao ano. Ainda assim, o colegiado deixou a porta aberta para uma ação ainda mais forte na taxa básica de juros e prometeu perseverar até que as projeções de inflação voltem a estar ancoradas nas metas para os próximos anos.
"O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária", repetiu o BC.
Se na reunião anterior o colegiado considerou apropriado que o ciclo de aperto seguisse em território "ainda mais" contracionista, agora o Copom avalia ser necessário avançar "significativamente" nesse território. O BC chamou a atenção para o risco de perder a ancoragem das expectativas de inflação em prazos mais longos, a partir de 2023.
"O Copom considera que, diante do aumento de suas projeções e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, é apropriado que o ciclo de aperto monetário avance significativamente em território contracionista. O Comitê irá perseverar em sua estratégia até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas", enfatizou o comunicado.
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