Pelo terceiro mês consecutivo, Minas Gerais apresentou queda no volume de serviços. Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (14/12), o setor teve em outubro um recuo de 1%, se comparado ao mês de setembro. No total, 22 das 27 unidades da federação retraíram na atividade no mesmo período.
Minas Gerais ainda apresentou menor queda do que Rio de Janeiro (-3,2%), Paraná (-2,1%), Rio Grande do Sul (-4%) e Mato Grosso (-6%). Por outro lado, o Ceará (1,4%) foi o que apresentou a maior elevação no setor em outubro. O território nacional apresentou queda de 1,2%, acumulando retração de 1,9%.
Segundo o IBGE, o volume de serviços em Minas Gerais reduziu em outubro o distanciamento em relação ao patamar pré-pandemia, ficando 8,3% acima do nível de fevereiro de 2020. Poréma atividade ainda se encontra 6,7% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
“O segmento que mostrou o principal impacto negativo foi o de telecomunicações. Essa queda é explicada pelo reajuste nas tarifas de telefonia fixa, que avançaram 7,33% nesse mês. Essa pressão vinda dos preços, acabou impactando o indicador de volume do subsetor”, explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.
Com os sucessivos números negativos, Minas Gerais tem retração acumulada de 3,6% nos últimos três meses. Em agosto e setembro, a atividade havia apresentado queda de 0,9% e 1,7%, respectivamente.
Por outro lado, o setor apresentou crescimento de 7% no trimestre entre maio e julho, o que explica a expansão no acumulado de 2021, atualmente de 7,6%.
Turismo
O índice de atividades turísticas cresceu 1,8% frente a setembro no estado. Porém, o segmento de turismo ainda se encontra abaixo do patamar de fevereiro do ano passado, no período pré-pandemia. “Esse índice de atividades turísticas tem um perfil muito semelhante ao perfil dos serviços prestados às famílias, pois muitas das atividades que compõem o indicador vêm desse segmento”, observa o Lobo.
Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão. Além de Minas, a contribuição positiva mais relevante ficou com São Paulo (1,1%). Em sentido oposto, Bahia (-7,2%) e Distrito Federal (-10,1%) tiveram os resultados negativos mais importantes do mês.