Estudo feito pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), maior organização profissional técnica no planeta dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade, mostrou que 95% dos especialistas acreditam na Inteligência Artificial (IA) como a tecnologia mais relevante destinada à inovação nas indústrias nos próximos cinco anos.
Para a pesquisa, foram ouvidos diretores das áreas de tecnologia, informação e de Tecnologia da Informação (TI) dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Índia e Brasil. Ao todo, um a cada cinco especialistas (21%) apontaram a IA e Machine Learning (aprendizado em máquina, na tradução livre para o português, espécie de conceito associado à inteligência artificial) como os principais destaques para 2022. Computação na nuvem (20%) e a banda 5G (17%) também foram citadas.
Na opinião dos brasileiros, o setor financeiro deve ser o mais beneficiado. Quase metade dos entrevistados no país também declararam acreditar que, nos próximos 10 anos, 50% ou mais do que é feito por humanos será aprimorado por robôs.
Para Filipe Tôrres, membro do IEEE e especialista em engenharia de sistemas eletrônicos e automação da Universidade de Brasília (UnB), a inteligência artificial é a mais promissora das tecnologias atualmente, tendo em vista seu potencial de expansão. Segundo ele, as principais aplicações da técnica estão concentradas nas áreas de saúde e educação, mas podem ser ampliadas para qualquer setor.
“A inteligência artificial, junto com o aprendizado de máquina, podem impactar em diversos setores: saúde, transporte, bancos. No Brasil, vejo muito a aplicação de IA para a saúde e a educação, principalmente – visto nossas demandas – públicas”, destacou Tôrres.
Na avaliação do especialista, a pandemia de COVID-19, forçou a aplicação de tecnologia. “A pandemia trouxe uma necessidade de avançar em certas áreas, e acho que esses avanços que vieram para a saúde e a questão de a gente ter tido que ficar em casa, do trabalho on-line, trouxeram esse senso de necessidade: a gente realmente precisa de tecnologia”, afirmou.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Odail Figueiredo
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