Agora é oficial: a inflação de 2021, que já se esperava que estouraria o teto da meta, bateu o recorde, em comparação com 2015, quando também rompeu o então planejado pelo Banco Central, que há um ano usufrui de autonomia e indepedência do Pode Executivo.
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E o vilão da inflação no ano passado foi a gasolina, item de maior peso no IPCA, que acumulou alta de 47,49%, enquanto o etanol bateu na casa dos 62,23%.
Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando a inflação foi de 10,67%. A inflação em 2021 extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo teto era de 5,25%.
Com o resultado ficando bem acima do teto da meta oficial – de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos -, o Banco Central deve divulgar carta explicando os motivos do estouro do objetivo.
Produtos que mais subiram
Na cola do item combustível, o item Habitação (13,05%) ficou em segundo lugar no ranking dos que mais contribuiram para a alta da inflação, seguido por alimentação e bebidas (7,94%).
Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.
O grupo dos vestuários (10,31%) fechou 2021 com a quarta maior variação entre os grupos.
Inflação na Grande BH
O IBGE também divulgou nesta terça-feira, a inflação de dezembro de 2021 na Região Metropolitana de BH. O IPCA teve aumento de 0,75%, o oitavo maior resultado mensal entre as dezesseis capitais pesquisadas. Já a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 9,58%, o quarto menor resultado entre as demais áreas da pesquisa.
Todos os grupos apresentaram variações positivas:
- Vestuário (1,63%),
- Artigos de Residência (1,40%),
- Alimentação e Bebidas (1,07%),
- Transportes (0,86%),
- Comunicação (0,57%),
- Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%),
- Despesas Pessoais (0,45%),
- Habitação (0,35%)
- Educação (0,04%)
O resultado do grupo de Alimentação e Bebidas foi influenciado principalmente pela alta da banana-prata (42,94%). Ainda se destacam os aumentos do mamão (32,88%), das carnes (3,04%), do café moído (9,87%) e da cebola (18,56%). No lado das quedas estão a batata-inglesa (-17,88%) e o tomate (-6,61%).
No grupo de Transportes, o resultado se deveu principalmente aos aumentos das passagens aéreas (12,77%), do seguro voluntário de veículos (9,62%), do automóvel novo (1,60%) e do automóvel usado (1,48%). Já os combustíveis caíram 0,54%. O etanol registrou queda de 2,21%, o óleo diesel teve redução de 0,50% e o preço da gasolina diminuiu 0,31% em relação a novembro.