Cinco empresas que atuam Vale do Aço são alvos de mandados de busca e apreensão, nesta quarta-feira (19/1), suspeitas de envolvimento em sonegação de impostos. Os estabelecimentos fornecem produtos químicos para empresas da região mineira, declaram o imposto devido, mas não recolhem. Ao todo, o valor sonegado ultrapassa os R$ 30 milhões.
Em função disso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da força-tarefa do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), desencadeou hoje a Operação Tabela Periódica.
A equipe cumpre dez mandados judiciais nas cinco empresas, um escritório de contabilidade e quatro casas nos municípios de Ipatinga, Santana do Paraíso, Coronel Fabriciano e Iapu.
A investigação mostrou que o grupo econômico declara o imposto devido, mas não recolhe aos cofres públicos, de forma que a Receita Estadual envia o crédito tributário para a Procuradoria do Estado. No entanto, na execução fiscal, não são localizados os bens para garantir o pagamento da dívida.
Segundo o promotor Rodrigo Storino, o objetivo da Operação Tabela Periódica é identificar os responsáveis pelo grupo, rastrear possíveis patrimônios ocultos e, assim, quitar o crédito tributário dos contribuintes.
Participam da Operação 30 servidores da Receita, três promotores e 35 policiais Civis de Belo Horizonte, Ipatinga e Governador Valadares.
Ainda de acordo com o promotor, os danos provocados pelas chuvas em Minas estão entre os desafios encontrados no caminho pelas equipes. "Mesmo diante das dificuldades de logística impostas pela pandemia e os estragos provocados pelas chuvas nas rodovias mineiras, as equipes se deslocaram dessas partes do estado, enfrentando diversos obstáculos, em viagens que duraram mais de sete horas. Vale ressaltar o empenho de todos os envolvidos para o sucesso desta operação", destaca Storino.