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Estado de Minas E-COMMERCE

Reflexo da pandemia: vendas de remédios pela internet subiram 87% em 2021

Entre os medicamentos, destaque para o Tamiflu, que atingiu pico de vendas em dezembro; procura por álcool em gel teve queda


26/01/2022 17:09 - atualizado 26/01/2022 17:34

Cartelas de medicamentos
Segundo especialista, a tendência é de que as pessoas continuem comprando remédios pela internet, mesmo após o fim da pandemia (foto: Pixabay/Reprodução )
Devido ao aumento nos casos de COVID-19 e a explosão de novas infecções por Influenza no Brasil, em 2021 a receita do e-commerce nas vendas de remédios pela internet aumentou 86,9% em relação ao ano anterior, segundo levantamento da Neotrust. 

 

 


No comparativo entre 2020 e 2019, o crescimento nas vendas de remédio on-line chegou a bater 102%, evidenciando novos hábitos de consumo da população brasileira. Já nas vendas gerais do segmento de saúde em 2021, o aumento do faturamento foi de 60% em comparação a 2020, e de 85,4% entre 2020 a 2019.

Paulina Dias, head de inteligência da Neotrust, explica os fatores desse crescimento do comércio on-line de remédios. 

“Primeiro, sem dúvidas, a pandemia. Em janeiro e fevereiro do ano passado já havia um crescimento que se intensificou em março, abril e maio. As pessoas ficaram mais em casa e perceberam que é possível comprar remédios pela internet. E esse hábito ficou, principalmente, porque a pessoa fica doente, pode ser uma coisa infecciosa, então ela prefere comprar e pedir para entregar. É um hábito que começou no ano passado e permaneceu.” 

Ela destaca que os remédios que exigem retenção de receita têm uma venda menor on-line porque precisam de um protocolo específico. Mas, ressalta a questão da oportunidade. “As farmácias que facilitam a venda de medicamentos que precisem reter a receita podem ter oportunidade de lucrar mais.”

Tamiflu em alta, álcool em gel em baixa  


Entre os medicamentos, o destaque foi o Tamiflu, remédio indicado para tratamento de gripe, que atingiu um pico de vendas em dezembro de 2021. Em janeiro de 2022, o medicamento já foi mais vendido do que em todos os meses de 2021. “Devido ao surto de influenza”, explica Paulina. 

A análise apontou também que diferente da alta na venda de remédios, a procura por gel antisséptico teve tendência de queda. Depois de uma busca massiva em 2020, devido a pandemia, que ocasionou um aumento de 4.315% no faturamento referente a esse produto, em 2021 a compra de álcool em gel gerou receita 70% menor que no ano anterior.

“Quando começou a pandemia, todo mundo tinha um álcool em gel na mão, na bolsa. Hoje, isso já não acontece mais. A venda do álcool em gel continua acima do que era comercializado antes da pandemia. Ele ainda é um produto que as pessoas continuam consumindo. No começo teve um boom e agora a venda continua em um patamar alto, acima do que foi em qualquer outro momento da História. Mas, acho que no começo as pessoas ficaram mais desesperadas, compravam em grandes quantidades.”

Paulina acredita que, mesmo com o fim da pandemia, o mercado para estes produtos na internet, pode continuar crescendo. 

“Diferente de roupas e eletrônicos, não existe um prazer tão grande em sair para comprar remédios. A pessoa compra mais por necessidade e a comodidade é um fator muito relevante. Então, tem espaço para crescer. Além disso, nem todas as farmácias têm atendimento on-line e as que contam com esse serviço tiveram crescimento nas vendas.”

Para ela, há espaço para essas redes de farmácia ampliarem esse canal. “E as que já possuem, podem melhorar o site, a entrega, investir em tecnologia, além da oportunidade de vender outras coisas de beleza e perfumaria, por exemplo. É mais um caminho para as farmácias aumentarem as vendas”, conclui.  
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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