Dezembro registrou um aumento considerável em relação ao Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). É o que aponta pesquisa do setor de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), com base nos dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Comparativamente a dezembro do ano anterior, os empresários se mostraram mais otimistas. Foram 115,1 pontos contra 102,3 pontos em relação a dezembro de 2020.
O economista-chefe da federação, Guilherme Almeida, avalia que o aumento da expectativa favorável do empresário está ligado ao crescimento das vendas relacionado diretamente com as festividades de fim de ano.
“Essa influência está diretamente ligada à sazonalidade, pois as confraternizações de Natal e Réveillon são o período mais importante para o varejo”, destaca.
Levando em consideração os subindicadores como o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Ieec), com 147,8 pontos; e o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (Iiec), com 110,7 pontos; esse crescimento é ainda mais substancial se comparados a novembro de 2021, que correspondem 140,4 e 100,8 pontos respectivamente.
O índice de expectativa aumentou, já que os empresários acreditam em um cenário mais promissor em relação à economia, como a alavancada do setor do comércio e, consequentemente, seus estabelecimentos.
Já o índice de investimentos teve sua ascensão justificada pelo planejamento dos empresários para 2022. Esse indicador reflete as projeções para avaliação do quadro de funcionários, planos de melhorias e a situação dos estoques das empresas.
A alta da inflação, taxas de juros elevadas e uma dinâmica lenta no mercado de trabalho, são fatores que refletiram o baixo Índice de Condições Atuais do Empresário (Icaec), que encerrou o ano com 86,8 pontos. “Esses fatores são determinantes para definição dos investimentos no mercado”, justifica Almeida.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.