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Estado de Minas MAIS CARO

Cesta básica sobe e passa de R$ 637; custo de vida em BH tem alta

Dados são do Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD), da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da UFMG


03/02/2022 11:42 - atualizado 03/02/2022 12:07

Pessoa segura uma sacola com carne
Aumento nas carnes também contribui para a subida da cesta básica (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
A cesta básica pesou mais no bolso do consumidor em janeiro de 2022. Segundo dados apresentados nesta quinta-feira (3/2) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (IPEAD), da Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o custo da cesta básica aumentou em 4,66% em relação a dezembro de 2021.

O valor médio é de R$ 637,20, ainda de acordo com o estudo do IPEAD. O relatório ainda destaca: batata inglesa, tomate santa cruz e chã de dentro foram os principais responsáveis por esse custo a mais - aumentos de 33,13%, 18,51% e 4%, respectivamente. Eduardo Antunes, gerente de pesquisas da Fundação IPEAD, afirma que as chuvas de janeiro contribuíram para este aumento.

"Basicamente, entre os três principais que subiram na cesta básica, a gente elenca tomate, batata, mas chama atenção a situação climática de janeiro. Os hortifrutis sofreram muito com o processo climático adverso, a gente sofreu com muita chuva, e isso prejudica a produção e acaba impactando fortemente, como batata e tomate", contextualiza.

"E a carne acabou indo um pouco nesse processo por conta do escoamento da produção, acaba prejudicando muito, até o próprio insumo do gado", complementa.
 

Custo de vida 


O estudo também contempla outras questões, como o custo de vida em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. O levantamento se baseou pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para afirmar que o custo de vida aumentou.

"Janeiro, historicamente, já sofre impacto relevante de preços no âmbito do IPCA, se vê muitos aumentos neste período, temos aumento do empregado doméstico por conta do salário mínimo, IPTU, aumento das escolas, cobrado a partir deste ano... Isso acaba impactando muito o índice de inflação. O mês de janeiro sempre sofre impacto relevante, não foi o maior, mas é um aumento muito substancial", diz Eduardo Antunes.

O estudo indica um aumento de 2% no custo de vida em BH em janeiro de 2022 em relação a dezembro de 2021. O IPEAD também destaca o principal item que elevou o custo na capital mineira: "O produto de maior contribuição para o aumento no custo de vida em janeiro foi o empregado doméstico, com alta de 10,18% no mês", diz trecho do levantamento.

O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços dos produtos/serviços que são agrupados em 11 itens agregados. Confira os itens que registraram as maiores altas:
  • 10,25% para Alimentos in natura
  • 3,08% para Despesas pessoais
  • 2,70% para Artigos de residência
  • 2,54% para Transporte, Comunicação, Energia Elétrica, Combustíveis, Água e IPTU 
  • 1,21% para Saúde e cuidados pessoais. 

No sentido oposto, destaca-se a queda de 1,71% para Bebidas em bares e restaurantes.

Outra questão diz respeito à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que está em 10,79%. "Destaca-se que, para o ano de 2022, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é igual a 3,50%, podendo variar entre 2,00% e 5,00%", diz o estudo.

Finalmente, o estudo aponta que a taxa Selic permanece em 9,25% ao ano desde a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), entre 7 e 8 de dezembro de 2021.


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