As autoridades também prenderam duas pessoas na terça-feira (8/2) por tentarem lavar o dinheiro — cerca de 120 mil bitcoins.
Os fundos roubados por um hacker que invadiu uma bolsa de criptomoedas em 2016 foram avaliados em cerca de US$ 71 milhões na época. No entanto, com o aumento do valor do bitcoin, o montante subiu para mais de US$ 5 bilhões.
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O procurador-geral assistente Kenneth Polite Jr disse que a apreensão é prova de que o governo "não permitirá que a criptomoeda seja um porto seguro para lavagem de dinheiro ou uma zona de ilegalidade em nosso sistema financeiro".
A bolsa de criptomoedas invadida foi a Bitfinex.
De acordo com funcionários do Departamento de Justiça, um hacker invadiu a plataforma, fez mais de 2 mil transações não autorizadas e depois canalizou o dinheiro para uma carteira digital supostamente administrada por Ilya Lichtenstein, de 34 anos, de Nova York.
Lichtenstein e sua esposa, Heather Morgan, de 31 anos, estão sendo acusados de lavar cerca de 25 mil bitcoins roubados por meio de várias contas nos últimos cinco anos usando vários métodos para encobrir seus rastros, desde identidades falsas até converter seus bitcoins em outras moedas digitais.
Investigadores de Washington, Nova York, Chicago e Ansbach (na Alemanha) colaboraram na longa investigação.
Em um comunicado, a Bitfinex disse que cooperou com a investigação e estava "satisfeita" que os fundos roubados foram recuperados.
Lichtenstein e Morgan comparecerão perante um juiz federal para responder às acusações. Se forem considerados culpados, cada um pode cumprir até 25 anos de prisão.
A apreensão de ativos ocorre quatro meses após a criação de uma Equipe Nacional de Criptomoedas no Departamento de Justiça.
No ano passado, no que era a maior apreensão financeira anterior até então, a equipe havia recuperado cerca de US$ 2,3 milhões (R$ 12 milhões, em conversão com valores atuais) em criptomoeda — quantia paga pela empresa Colonial Pipeline para encerrar um ataque cibernético.
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