Uma marca mineira de cafés, lançada nessa segunda-feira (14/2), promete revolucionar o mercado de grãos especiais, através de uma seleção minuciosa dos lotes avaliados e premiados no Brasil. A Oitenta Café fará vendas exclusivamente pelo site e espera faturar cerca de R$ 1,5 milhão já neste ano.
Segundo a sócia Juliane Maciel, a ideia de criar uma marca de cafés especiais surgiu da experiência da própria equipe, que já é consumidora desse tipo de grão.
"Somos consumidores do café especial e, às vezes, quando comprávamos pela internet, o pacote chegava sem selo de rastreabilidade e não tinha a pontuação certa para ser chamado de café especial. Com a criação da marca, temos o compromisso de trazer um café com a pontuação determinado pela SCA, que é um órgão regulador do café mundial e entregar um café especial de verdade."
Entre os diferenciais da Oitenta, está o trabalho dos coffee hunters (caçadores de café, em tradução literal), que procuram os cafés premiados no país e escolhem os microlotes com os grãos especiais. "Alguns dos nossos cafés têm 400 unidades outros só tem 50 e não existe dele em mais lugar nenhum. É isso que trazemos, algo bem exclusivo, muito diferente do café de gôndola", explica Juliane.
A marca não tem plantação própria e o trabalho consiste em procurar os produtores dos melhores cafés, comprar as sacas e mandar envazar com sua embalagem. "Vamos aos eventos e, quando o produtor ganha a premiação, já entramos em contato para comprar o microlote de café especial. Então, enviamos nossa embalagem, nosso envaze e ele nos devolve pronto."
A loja é 100% on-line e não há previsão de abertura de um ponto físico. O foco de vendas está nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná. A marca foi lançada nessa segunda, entretanto, desde antes da pandemia o negócio está sendo pesquisado.
A expectativa de lucro dentro de um ano é de R$ 1,5 milhão com a venda de café especial avaliado em, no mínimo, 80 pontos na escala da Specialty Coffee Association (SCA). A metodologia leva em consideração aspectos como acidez, sabor, doçura, ausência de defeitos e muitos outros. Além disso, o café deve ser rastreável, para que o consumidor tenha consciência da origem e dos processos que levaram aquele café até a xícara.
"Os consumidores vão receber o café em casa, com todo o cuidado de embalo, envasamento e envio", finaliza a sócia.
*Estagiária sob supervisão