Após a queda no primeiro ano de pandemia, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu em 2021, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (4/3).
No último trimestre, houve um crescimento de 0,5%, o que contribuiu para a economia brasileira encerrar o ano com o aumento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).
No último trimestre, houve um crescimento de 0,5%, o que contribuiu para a economia brasileira encerrar o ano com o aumento de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Já o PIB per capita alcançou R$ 40.688 no ano passado, um avanço de 3,9% em relação ao ano anterior (-4,6%).
O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, teve o maior número alcançado desde 2011 e conseguiu recuperar as perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia de COVID-19. No entanto, continua 2,8% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.
O crescimento foi puxado pelas altas nos serviços (4,7%) e na indústria (4,5%), que representam 90% do PIB do país. Já a agropecuária recuou 0,2% no ano passado. Cresceram ainda o comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,7%). Na indústria, o destaque positivo foi o desempenho da construção que, depois de cair 6,3% em 2020, subiu 9,7% em 2021.
“Todas as atividades que compõem os serviços cresceram em 2021, com destaque para transporte, armazenagem e correio (11,4%). O transporte de passageiros subiu bastante, principalmente no fim do ano, com o retorno das pessoas às viagens. A atividade de informação e comunicação (12,3%) também avançou, puxada por internet e desenvolvimento de sistemas. Essa atividade já vinha crescendo antes da pandemia, mas com o isolamento social e todas as mudanças provocadas pela pandemia, esse processo se intensificou, fazendo a atividade crescer ainda mais”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
A única atividade que não cresceu foi 'eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos', que teve variação negativa de 0,1%, o que indica estabilidade. “A crise hídrica afetou negativamente o desempenho da atividade em 2021”, explica Rebeca Palis.
Previsão para 2022
Se em 2021 as expectativas foram superadas, já que o Banco Central projetava uma alta de 4,4%, para 2022 o cenário não será tão alto. Antes mesmo da divulgação do IBGE, o Boletim Focus do Banco Central, que traz uma compilação das estimativas de instituições do mercado, projeta crescimento de 1% para este ano.