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Estado de Minas COMBUSTÍVEIS

Projeto prevê auxílio combustível para motoboy, taxista e motorista de app

Projeto de lei aprovado pelo plenário do Senado cria o Auxílio Combustível Brasileiro (ACB)


10/03/2022 18:16 - atualizado 10/03/2022 19:13

Placa com os preços de combustíveis em um posto de Belo Horizonte
A Petrobras anunciou um novo reajuste de preços para os combustíveis nesta quinta-feira (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Plenário do Senado aprovou, nesta quinta-feira (10/3), o projeto de lei que cria regras para estabilização dos preços de combustíveis. O projeto cria um sistema de bandas de preços, que limitará a variação, e uma conta federal para financiar essa ferramenta. Além disso, estabelece um auxílio de até R$ 300 mensais para motoristas autônomos de baixa renda. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.

 

O texto também cria o Auxílio Combustível Brasileiro (ACB), valor mensal a ser pago pelo governo federal para taxistas, motoristas de aplicativo, motociclistas e condutores de pequenas embarcações. A iniciativa veio de emendas dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Eduardo Braga (MDB-AM). 


Alessandro lembrou que a legislação veda a concessão de benefícios em ano de eleições, como é o caso de 2022, mas ponderou que o ACB se justifica porque é uma compensação para o consumidor de baixa renda.

"A interpretação do Tribunal Superior Eleitoral é de que tudo isso deve representar uma vantagem especial para que possa ser vedado. No caso, o que nós estamos fazendo é a concessão de um valor para tentar trazer para uma situação de normalidade. Não estamos concedendo uma vantagem para o consumidor. Estamos tentando reduzir o dano causado por situações externas, totalmente estranhas ao controle dos brasileiros."

Nesta quinta-feira (10/3), a Petrobras anunciou um novo aumento do preço dos combustíveis. A gasolina sofrerá uma alta de 18,8% e o preço médio de venda para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, um reajuste ainda maior, de 24,9%.

Privatização da Petrobras

Durante a votação do texto, os senadores afirmaram que o sistema proposto é a solução "possível" neste momento para a crise do petróleo, mas defenderam que o Brasil busque a autossuficiência na produção de combustíveis para não depender de importações.

O senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator do projeto, afirmou que o Brasil sempre teve ferramentas para amortecer a variação do preço internacional do barril - como a Parcela de Preço Específica (PPE), extinta em 2002, pela qual o Tesouro Nacional compensava a Petrobras. Segundo o senador, a situação em vigor desde 2017, quando a Petrobras estabeleceu a paridade absoluta, corresponde a uma privatização da empresa.

"O mercado brasileiro está sujeito a toda e qualquer oscilação, praticamente em tempo real, do preço internacional, como se a Petrobras fosse integralmente privada ou como se todas essas refinarias fossem privadas, concorrendo com produto importado. O que nós estamos hoje vivendo, com [a paridade], é uma simulação de mercado brasileiro como se nós não produzíssemos nada no Brasil e não refinássemos nada no Brasil", criticou.

(Com informações da Agência Senado)
 
*Estágiária sob supervisão  
  


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