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Estado de Minas CUSTO DE VIDA

Gastos com educação puxam a inflação na Grande BH em fevereiro

O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento das mensalidades do ensino superior (7,67%)


11/03/2022 15:27 - atualizado 11/03/2022 16:25

Professora e alunos em sala de aula
O grupo Educação foi o que mais subiu em fevereiro, 6,22% (foto: Lucas Fermin/SEED/AEN-PR)
O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentou um aumento de 1,07% em fevereiro, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

 


O IPCA para a Grande BH foi o quinto maior resultado mensal entre as 16 capitais pesquisadas. No país, ficou em 1,01%. Já as variações acumuladas em 12 meses foram de 10,47% na Grande BH, o sétimo menor resultado entre as áreas pesquisadas e de 10,54% no Brasil.

Ensino superior e alimentos foram destaque de alta


Na Grande BH, todos os grupos apresentaram aumento: 

  • Educação (6,22%), 
  • Artigos de Residência (1,91%), 
  • Alimentação e Bebidas (1,56%), 
  • Despesas Pessoais (1,16%),
  • Comunicação (0,90%), 
  • Vestuário (0,40%), 
  • Saúde e Cuidados Pessoais (0,37%), 
  • Habitação (0,34%) e 
  • Transportes (0,28%)

O resultado do grupo de Alimentação e Bebidas (1,56%) foi influenciado principalmente pelo aumento da cenoura (73,63%). Ainda dentro do grupo tiveram alta também: 

  • Hortaliças e verduras (24,39%),
  • Batata-inglesa (15,43%),
  • Feijão-carioca (9,07%),
  • Ovo de galinha (8,74%),
  • Tomate (8,52%), 
  • Frutas (3,32%),
  • Leite longa vida (2,89%)

No lado das quedas, o destaque foi a carne de porco (-4,39%).

A alta no grupo de Educação (6,22%) se deveu principalmente ao aumento das mensalidades no ensino superior (7,67%). Também contribuíram o aumento do custo da pré-escola (10,41%), do ensino médio (10,08%) e do ensino fundamental (8,45%).

No grupo de Transportes (0,28%), o seguro voluntário de veículos aumentou 7,41% e o automóvel novo, 1,46%. Já as passagens aéreas caíram 11,09% e o etanol, 5,57%. 

Em Artigos de Residência (1,91%), os aparelhos eletroeletrônicos tiveram um aumento de 3,72%. Em Comunicação (0,90%), os aparelhos telefônicos aumentaram 4,00%. Já em Saúde e cuidados pessoais (0,37%), o destaque foi para os perfumes (6,62%).

Índice quase dobrou no Brasil


No Brasil, o IPCA praticamente dobrou, entre janeiro e fevereiro, passando de 0,54% para 1,01%.
 
O resultado ficou acima da expectativa da mediana do mercado do boletim Focus, de 0,89%, e tudo indica que a carestia continuará acelerando. Ontem, a Petrobras anunciou reajuste de 24,9% no preço médio do litro do diesel, elevou em 18,7% o preço da gasolina e em 16% o custo do gás de cozinha e analistas alertam que o impacto desse reajuste será sentido no IPCA de março e de abril, garantindo que a inflação continuará acima de dois dígitos quando a expectativa era de um início de desaceleração.

A alta de 1,01% do IPCA de fevereiro foi a maior variação para o mês desde 2015, quando o índice da inflação oficial subiu 1,22%. No segundo mês de 2021, a alta do indicador ficou em 0,86%. No ano, o IPCA acumula alta de 1,56%.

De acordo com os dados do IBGE,  todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em fevereiro. Mais da metade da alta (57%) do IPCA foi resultado dos reajustes das mensalidades escolares e da disparada dos preços dos alimentos, mas a carestia continua disseminada na economia, com índice de difusão passando de 73%, em janeiro, para 75% em fevereiro — mesmo patamar de dezembro.

O maior impacto no IPCA, de 0,31 ponto percentual, e a maior variação, de 5,61%, vieram do grupo Educação. Desse montante, 0,28 ponto percentual foi resultado do aumento de 6,67% dos cursos regulares, com destaque para alta de 8,06% para o ensino fundamental.

Na sequência, o grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,28%, acelerou em relação à elevação de 1,11% de janeiro, contribuindo com 0,27 ponto percentual da alta do IPCA.

Essa alta foi influenciada pelo aumento de preços dos alimentos consumidos em casa, como a batata inglesa e a cenoura, cujos preços dispararam 23,49% e 55,41% em fevereiro. As frutas subiram 3,55%, variação próxima à do mês anterior, de 3,40%.  Por outro lado, foram registradas quedas nos preços do frango inteiro e em pedaços de 2,29% e 1,35%, respectivamente.

Os grupos Transportes, com variação de 0,46%, reverteu a queda de 0,11% do mês anterior, e Habitação, com alta de 0,54%, também se destacaram. Os demais registraram 0,29% de alta do grupo Comunicação e a segunda maior variação do mês, de 1,76%, para Artigos de residência. 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 


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