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Estado de Minas PREPARE O BOLSO

Conta de luz ficará mais cara após empréstimo para distribuidoras

O financiamento, com cobrança de juros, deve começar a ser pago pelo consumidor, em parcelas, a partir de 2023


17/03/2022 19:22 - atualizado 17/03/2022 20:09

Lâmpadas acesas
Os empréstimos recebidos pelas distribuidoras de energia serão pagos pelo consumidor a partir de 2023 (foto: Pexels/Pixabay)
Com a aprovação dos empréstimos bancários de R$ 10,5 bilhões, nessa terça-feira (15/3), para as distribuidoras de energia, os consumidores poderão ver a conta de luz aumentar. Isso porque o financiamento, com cobrança de juros, será pago pelos consumidores, através da conta de energia, a partir de 2023.

 

O diretor de Risco, Produtos e Operações da 2W Energia, Claudy Marcondes, explica que as distribuidoras de energia elétrica tiveram um déficit provocado pela crise hídrica. 


“No final de 2020 e início do ano passado, as distribuidoras tinham previsto custos relacionados a despacho térmico, geração hídrica. Mas, como 2021 foi totalmente fora das previsões, o custo das distribuidoras foi muito maior", inicia.

"Foi preciso acionar a bandeira, que serve para não deixar acontecer um descasamento de caixa da distribuidora. Ou seja, o que ela previu e o que aconteceu na prática. Só que o preço da bandeira não foi suficiente e criou-se um déficit de alguns bilhões para as distribuidoras, relacionado à crise hídrica”, complementa.

Para cobrir esse déficit, as distribuidoras precisam reajustar a tarifa no ano seguinte. Em 2022, em tese, esse valor seria repassado, aumentando a tarifa para o consumidor. “Para não ter esse impacto tarifário, foi acordado que haveria o empréstimo para as distribuidoras neste ano e esse valor seria pago nos próximos anos.”

O economista Alessandro Azzoni lembra ainda que as distribuidoras tiveram gastos com a compra de energia externa e com o pagamento de bônus para quem teve redução na conta de luz. “Para não haver um aumento neste momento, em que já estamos pagando o empréstimo da COVID, a conta de luz vai ficar mais cara a partir de 2023, que é quando os custos do empréstimo começaram a ser repassados (para o consumidor).”

Azzoni ressalta também que, no ano passado, o aumento da energia elétrica e dos combustíveis foi o que impulsionou a inflação. 

Sem definição de valores


Segundo o economista, ainda não é possível saber de quanto será o aumento na conta de energia elétrica. 

“O prazo e a taxa de juros ainda estão para ser definidos pelos bancos. Então não dá para saber qual vai ser o real impacto. Sabemos apenas os valores que foram liberados. A primeira parcela é de R$ 5,3 bilhões. Ela vai ser liberada agora justamente para conter um pouco as perdas que as distribuidoras tiveram no ano passado e para não ter o repasse nesse momento.”

O prazo do financiamento e os juros dos empréstimos serão definidos com os bancos públicos e privados que participam dessa operação. 

Já Marcondes afirma que estudos feitos pela TR Soluções estimam que o aumento deva ser de R$ 5 a R$ 10 por MW/hora, o que representaria um aumento de cerca de 5% a 8%. 

“2022 ainda está sob efeito da crise hídrica, mas, em tese, eles estavam prevendo redução de tarifa para os próximos anos. Só que será uma redução menor do que eles estavam prevendo. Não quer dizer que não vai aumentar a tarifa e sim que ela vai reduzir menos.”

Segundo ele, só é possível saber a tarifa do próximo ano quando ocorre a revisão tarifária da distribuidora específica. “Depende do rombo de caixa de cada distribuidora, já que o empréstimo é proporcional a este valor. Por isso, não dá para ter uma clareza de quanto será o aumento.” Estes valores são referentes a primeira parcela de R$ 5,3 bilhões, que foi liberada na terça-feira (15/3). 

Alternativas para economizar na conta de luz


Com a expectativa de pagar mais caro pela energia nos próximos anos, o consumidor busca alternativas para economizar. A 2W Energia é uma plataforma de venda de energia que ajuda o consumidor final a sair do mercado das distribuidoras para o mercado livre. A empresa tem geração própria com parques eólicos e solares que somam mais de 2GW de capacidade. 

No segmento de energia solar, a empresa oferece o Wave, um produto de geração compartilhada com foco no consumidor final. Neste modelo, o consumidor opta por uma assinatura on-line de fornecimento de energia, por meio de um aplicativo, sem necessidade de nenhuma instalação. 

Isso porque a energia produzida pelos parques solares administrados pela empresa é distribuída na rede da concessionária, de modo que o valor é abatido diretamente na conta de luz. Com o Wave, o consumidor pode reduzir até 20% da sua conta de luz e ter acesso à energia 100% renovável. Atualmente, apenas consumidores em Minas Gerais podem contratar o produto.

A energia comercializada pela empresa está disponível para os consumidores por meio de três produtos: Energia Livre (para empresas com consumo a partir de R$ 15 mil por mês), Agregga (voltado a condomínios, residenciais, shoppings e galerias) e Wave, além do fornecimento via atacado.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci  


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