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Estado de Minas ALTA NA GASOLINA

BH: consumidor chegou a pagar até R$ 7,99 no litro da gasolina esta semana

Em sete dias, o preço médio da gasolina comum subiu 7,6% em BH; maior preço do etanol nas bombas foi de R$ 5,39


18/03/2022 13:08 - atualizado 18/03/2022 15:40

Posto de gasolina
Em sete dias, o preço médio da gasolina comum subiu 7,6% em BH; diesel aumentou 5,6% (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Desde a última quinta-feira (10/3), quando foi anunciado pela Petrobras o reajuste nos valores dos combustíveis, as idas aos postos de gasolina têm sido cada vez mais difíceis para o consumidor. Em Belo Horizonte, em sete dias, o preço médio da gasolina comum subiu 7,60% ou R$ 0,53, passando de R$6,995 para R$ 7,526 o litro. 

O etanol, alternativa para muitos motoristas, também sofreu um aumento significativo: 5,62%, ou R$ 0,27. Seu valor médio que, até a última semana era de R$ 4,83, passou a ser R$5,101. 

É o que aponta levantamento do site de pesquisas Mercado Mineiro e aplicativo com Oferta.com, realizado nos postos de gasolina da capital mineira e Região Metropolitana entre os dias 15 a 18 deste mês. Durante os quatro dias, foram consultados 160 postos de abastecimento. 

Preço nas bombas 


Segundo a pesquisa, o menor preço da gasolina comum, entre os dias 15 e 18 de março, foi R$ 7,39, enquanto o maior, R$ 7,999. A variação, equivalente a 6,89%, no entanto, não justifica a procura por postos. É o que defende Feliciano Abreu, coordenador do site Mercado Mineiro e aplicativo comOferta. 
 

“Com essa variação, não vale a pena pesquisar gasolina hoje em Belo Horizonte. Lembrando que quando você roda a cidade você está gastando combustível, o ideal é ficar de olho no preço perto de onde você estiver”, pontua. 

Já o etanol, o menor preço encontrado nas bombas, pelo mesmo período, foi de R$4,935 e o maior de R$ 5,399. A variação, portanto, de 9,40%, pesou ainda mais no bolso do consumidor. “O etanol foi uma surpresa desagravel, que deveria estar mais viável e aumentou o preço”, comenta o coordenador do site. 

De acordo com Feliciano, mesmo em alta, o etanol segue sendo o mais viável para o bolso do consumidor. Ao comparar o preço médio, corresponde a 68% do preço da gasolina comum. 

Quanto ao Diesel, o preço médio do litro do Diesel subiu 10,92% no último mês, passando de R$6,02 para R$ 6,68. O menor preço do litro do Diesel registrado pela pesquisa foi de R$ 6,16 e o maior R$ 6,999, uma variação de 13,67%. 
 
Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), afirma que "a pesquisa do Mercado Mineiro revelou que os postos, a despeito dos reajustes da Petrobras de 18% na gasolina e 25% no diesel, anunciados na semana passada, não repassaram totalmente a alta para os consumidores. Isso se deve à grande concorrência do setor varejista no estado, que possui 4.100 postos.
 
Com relação ao etanol, os dados do Cepea/Esalq/USP mostram que o hidratado aumentou em 8,2% na semana do dia 11 e o anidro – que compõe a gasolina em 27% - subiu 3,8% nas usinas produtoras. Os dados mostram, portanto, que os reajustes dos preços dos combustíveis, claramente, não se tratam de incremento de margem dos revendedores, mas de outros elos da cadeia produtora de combustíveis." 
            

Petrobras: reajuste foi justificado pelo cenário internacional  


O aumento anunciado pela Petrobras foi 18,8% no preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras. O preço do litro passou, desta forma, de  R$ 3,25 para R$ 3,86 na última sexta-feira. 


O GLP também sofreu aumento. O preço médio de venda do combustível foi reajustado em 16,1%, e passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg - equivalente a R$ 58,21 por 13kg. Diferente da gasolina e do diesel, o produto não era reajustado há 152 dias.

A mudança nos valores, que não acontecia há dois meses, foi justificada pela disparada nos preços dos barris de petróleo por causa da guerra na Ucrânia. 

"Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, informou a estatal, em comunicado publicado na quinta-feira (10/3). 

Segundo a Petrobras, os valores refletem a oferta limitada de petróleo frente à demanda mundial por energia. “Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade", enfatizou. 
 
 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.  


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