A alta dos combustíveis atingiu a todos os motoristas mineiros de 2021 para 2022, com o comparativo dos preços por litro no mês de março chegando a subir 41,5% sobre o diesel, 25,2% sobre a gasolina comum e 18,5% sobre o etanol. Nos três primeiros meses de 2022, a alta tem sido mais crítica para o transporte por caminhões e ônibus, com o óleo diesel chegando a variar, em média, 17,9% na capital e 10% em Minas Gerais (veja o quadro abaixo). De janeiro de 2021 a março de 2022, a Petrobras já aumentou 13 vezes o preço da gasolina e 11 vezes o do diesel, segundo levantamento do Observatório Social da Petrobras (OSP).
A variação de preços foi registrada pela pesquisa por amostragem de postos feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até o dia 16 de março, chegando a mais de 1.400 postos pesquisados.
Embora o Brasil seja um grande produtor de petróleo, o preço não é definido no país, sendo cotado em dólar, no mercado internacional.
"O petróleo é uma commodity internacional, então o preço dele é definido no mercado internacional. Um conflito geopolítico da extensão do que está acontecendo entre a Ucrânia e a Rússia, e as sanções impostas à Rússia vem trazendo muita volatilidade ao preço do petróleo, que é aquele sobe e desce. O preço do petróleo já alcançou 140 dólares e, hoje, está em torno de 100 dólares.", explica André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ibre.
O preço médio do litro do óleo diésel no estado saltou, entre março de 2021 e março de 2022, de R$ 4,272 para R$6,047. O forte aumento também é verificado em Belo Horizonte, onde o aumento foi ainda mais forte, de 50,1%, saindo de R$ 4,355 para R$ 6,54.
No período de um ano, os tanques recebiam a gasolina comum por R$ 5,673 e agora o desembolso é de R$ 7,108. Em Belo Horizonte, o aumento foi ligeiramente menor, com o litro do combustível saindo de R$ 5,637 para R$ 6,99 (24%). Nos primeiros três meses do ano a variação foi de 2,3% no estado e 1,68% na capital.
O etanol experimentou a menor alta em um ano, mas mesmo assim bateu 18,5% em Minas, saindo de R$ 4,082 para R$ 4,84, e 19,2% nos postos de Belo Horizonte, de R$ 4,068 a R$ 4,85. Por outro lado, de janeiro a março o combustível verde experimentou redução de valor nas bombas de 7,2% no estado, de R$ 5,217 para R$ 4,84, e de 7,8% em BH, baixando de R$ 5,266 para R$ 4,85.
Atualmente, cerca de 92% de tudo que é refinado no país é composto por petróleo brasileiro. Os outros 8% ainda precisam ser importados. Toda a produção das refinarias nacionais, no entanto, não é suficiente para abastecer o mercado interno.
Em Minas Gerais, os preços mais altos por litro de combustíveis foi de R$ 8,199 para gasolina, R$ 6,397 para o etanol e R$ 7,339 pelo diesel. Os preços mais excessivos na capital mineira, segundo a última amostragem da ANP, foram de R$ 7,69 para a gasolina, R$ 5,297 para o etanol e R$ 6,54 para o diesel.
A carga tributária que incide sobre o preço final ao consumidor também contribui para os aumentos e varia de estado para estado, sendo a Petrobrás responsável por 36% do preço, o ICMS cobrado por estados ampliando em 27% a adição de etanol anidro representando 13%, a logística de distribuição valendo 14% e 10% sendo a Cide, PIS/Pasep e Cofins.
O Brasil produz 3,3 milhões de barris de petróleo por dia, segundo a ANP. Dá e sobra para o consumo de derivados no país. E não é de agora. Em 2006, o Brasil alcançou a autossuficiência. Na época, a produção nacional era bem menor, cerca de 1,8 milhão de barris por dia. No entanto, ainda importamos gasolina e derivados de petróleo.
A variação de preços foi registrada pela pesquisa por amostragem de postos feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até o dia 16 de março, chegando a mais de 1.400 postos pesquisados.
Embora o Brasil seja um grande produtor de petróleo, o preço não é definido no país, sendo cotado em dólar, no mercado internacional.
"O petróleo é uma commodity internacional, então o preço dele é definido no mercado internacional. Um conflito geopolítico da extensão do que está acontecendo entre a Ucrânia e a Rússia, e as sanções impostas à Rússia vem trazendo muita volatilidade ao preço do petróleo, que é aquele sobe e desce. O preço do petróleo já alcançou 140 dólares e, hoje, está em torno de 100 dólares.", explica André Braz, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Ibre.
O preço médio do litro do óleo diésel no estado saltou, entre março de 2021 e março de 2022, de R$ 4,272 para R$6,047. O forte aumento também é verificado em Belo Horizonte, onde o aumento foi ainda mais forte, de 50,1%, saindo de R$ 4,355 para R$ 6,54.
No período de um ano, os tanques recebiam a gasolina comum por R$ 5,673 e agora o desembolso é de R$ 7,108. Em Belo Horizonte, o aumento foi ligeiramente menor, com o litro do combustível saindo de R$ 5,637 para R$ 6,99 (24%). Nos primeiros três meses do ano a variação foi de 2,3% no estado e 1,68% na capital.
O etanol experimentou a menor alta em um ano, mas mesmo assim bateu 18,5% em Minas, saindo de R$ 4,082 para R$ 4,84, e 19,2% nos postos de Belo Horizonte, de R$ 4,068 a R$ 4,85. Por outro lado, de janeiro a março o combustível verde experimentou redução de valor nas bombas de 7,2% no estado, de R$ 5,217 para R$ 4,84, e de 7,8% em BH, baixando de R$ 5,266 para R$ 4,85.
Atualmente, cerca de 92% de tudo que é refinado no país é composto por petróleo brasileiro. Os outros 8% ainda precisam ser importados. Toda a produção das refinarias nacionais, no entanto, não é suficiente para abastecer o mercado interno.
Em Minas Gerais, os preços mais altos por litro de combustíveis foi de R$ 8,199 para gasolina, R$ 6,397 para o etanol e R$ 7,339 pelo diesel. Os preços mais excessivos na capital mineira, segundo a última amostragem da ANP, foram de R$ 7,69 para a gasolina, R$ 5,297 para o etanol e R$ 6,54 para o diesel.
A carga tributária que incide sobre o preço final ao consumidor também contribui para os aumentos e varia de estado para estado, sendo a Petrobrás responsável por 36% do preço, o ICMS cobrado por estados ampliando em 27% a adição de etanol anidro representando 13%, a logística de distribuição valendo 14% e 10% sendo a Cide, PIS/Pasep e Cofins.
O Brasil produz 3,3 milhões de barris de petróleo por dia, segundo a ANP. Dá e sobra para o consumo de derivados no país. E não é de agora. Em 2006, o Brasil alcançou a autossuficiência. Na época, a produção nacional era bem menor, cerca de 1,8 milhão de barris por dia. No entanto, ainda importamos gasolina e derivados de petróleo.