O atual momento econômico do Brasil vem afetando a confiança de empresários e comerciantes de Belo Horizonte. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MG) apontou queda do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), em março deste ano. A confiança do empresário ficou em 120,7 pontos percentuais este mês contra 122,5 p.p. registrados tanto em janeiro quanto em fevereiro.
O índice estava em estabilidade após a alta observada desde novembro, porém, agora apresentou um recuo de 1,8 ponto. A pesquisa apontou que todos os critérios de satisfação do indicador tiveram queda.
O economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, explica que o aumento nas taxas de juros diminui o capital de giro, e consequentemente, faz com que os empresários façam menos investimentos.
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Além disso, segundo ele, o conflito internacional travado entre Rússia e Ucrânia impactou o preço da matéria prima de muitos produtos, principalmente insumos agrícolas e energéticos, como o trigo e a gasolina. Pão, macarrão, bolos, salgados, farinha e derivados da gasolina como óleo diesel estão mais caros.
A pesquisa da Fecomércio-MG mostrou que para a maioria dos empresários do comércio, a condição atual da economia piorou (57,2%). Esse percentual é maior para os empresários de empresas de maior porte, com mais de 50 funcionários (63,0%).
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Economistas avaliam que, este ano, o empresário deve enfrentar grandes desafios com relação às vendas. Segundo analistas de varejo, o cenário macroeconômico internacional está impactando o setor, que precisa aumentar os preços, diminuindo a chance de compra do consumidor final.
*Estagiária sob supervisão