
Pela pesquisa de preços do Mercado Mineiro, o preço médio do gás de cozinha na primeira semana de março era de R$ 112,59 e passou para R$ 123,46, tendo aumento de R$ 10,87, ou seja, de 9,66%, isso quando entregue na própria região.
Quando buscado na portaria, o botijão de 13kg custava em média R$ 104,15 e subiu para R$ 114,76, um aumento de 10,18%, que corresponde a R$ 10,61.
O cilindro de 45kg que custava em média R$ 430,51 subiu para R$ 467,79, ficando R$ 37,28 mais caro, um aumento de 8,66%.
Variação dos preços é de até 49%
A pesquisa do Mercado Mineiro também levantou a variação dos preços dos botijões encontrados nos estabelecimentos. O economista e coordenador do Mercado Mineiro e aplicativo ComOferta, Feliciano Abreu, pontua que o consumidor deve ficar atento à variação de preços.
O botijão de 13kg, entregue no próprio bairro, teve a menor variação entre um estabelecimento e outro. O gás de cozinha pode custar de R$ 110 até R$ 149. Já na portaria, a variação apresentou índice bem maior, porém, o botijão ainda pode ser encontrado em um valor mais em conta. Com uma variação de 43%, o botijão de 13kg pode ser encontrado de R$ 104 até R$ 149.
A pesquisa também aponta para variações de preços que chegam a 49,50%, no caso do cilindro de 45kg que, na portaria, custa de R$ 400 a R$ 598. O cilindro de 45kg, entregue no próprio bairro, pode custar de R$ 415 até R$ 598, ou seja, uma variação de 44%.
Impacto no bolso
A empregada doméstica Regina da Silva, de 58 anos, moradora do Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, conta que na sua mais recente compra já pagou pelo valor de R$ 123, preço médio levantado na pesquisa. Regina diz que sente o impacto pelo aumento no seu bolso.
"Não sobe somente o gás, sobe tudo! Até a carne de frango que era barato subiu. Até o ovo, subiu tudo. Você sente no bolso. O salário que você ganha já não está dando mais, já não estava dando antes e agora piorou", relata a empregada doméstica. "Já tem lugar no meu bairro cobrando R$ 132", pontua.
Com o preço elevado, Regina diz que panelas elétricas, microondas e fornos elétricos são aliados. Segundo ela, apesar de um leve aumento na conta de luz, os aparelhos são uma alternativa para que o gás de cozinha dure mais tempo.
"Na minha panela elétrica eu faço alguma coisa, frito uma carne, já dá uma economizada no gás. O forno elétrico eu também uso bastante. Se eu ligo o forno já aproveito e faço outra coisa nele, esquento até comida nele, faço um bolo, aproveito que tá quente. Tudo para economizar, né? Está fácil não".
A pesquisa completa está disponível no site do Mercado Mineiro.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais