As empresas de transporte terrestre de passageiros de Minas reivindicam do governo estadual e de prefeituras reajustes nos preços das passagens para conter o avanço de gastos mediante os constantes aumentos de combustíveis.
A Federação do Transporte de Passageiros de Minas Gerais (Fetram) já encaminhou a prefeitos (transporte metropolitano) e ao governo do estado pedido para que concedam algum subsídio e forma auxiliar na aquisição do diesel. O presidente da entidade, Rubens Lessa, disse que sem reajuste de tarifa ou ajuda do poder público as empresas não "têm como continuar a atender a demanda".
A Federação do Transporte de Passageiros de Minas Gerais (Fetram) já encaminhou a prefeitos (transporte metropolitano) e ao governo do estado pedido para que concedam algum subsídio e forma auxiliar na aquisição do diesel. O presidente da entidade, Rubens Lessa, disse que sem reajuste de tarifa ou ajuda do poder público as empresas não "têm como continuar a atender a demanda".
De acordo com Lessa, o combustível tornou-se o segundo item na composição dos custos das empresas, com uma variação de preço que "chegou a 100% nos últimos meses". O setor está revisando horários com menor ocupação para solicitar autorização de cancelamento das viagens. "Esse impacto vem sendo enfretado com dificuldade. Na prática, ainda não aconteceu a supressão de viagens, mas isso vai criar um transtorno sério", alega o presidente da entidade.
O valor das passagens, assim como a definição do número de viagens, depende de autorização dos governos municipais e estadual, por se tratar de concessão pública. De acordo com a entidade empresarial, antes da pandemia, os ônibus representavam o meio de transporte utilizado por 100 milhões de mineiros em todo o estado, mensalmente, em viagens metropolitanas e intermunicipais. Esse número caiu para 75 milhões durante as medidas de restrição de circulação de pessoas devido à COVID-19.
A Fetram é filiada à Confederação Nacional dos Transportes (CNT). De acordo com a entidade nacional, em seu anuário 2021, que divulga informações (públicas e privadas) sobre o transporte brasileiro, a malha rodoviária brasileira em 2019 era de 1.720.700km em extensão, tendo a parte pavimentada crescido entre no período de 2009 e 2019 apenas 0,5%, significando 12,4% do total.
Em 2020, entre as rodovias avaliadas, 61,9% apresentaram algum tipo de problema gerais, sendo que 52,2% de trechos têm problemas no pavimento, 58,9% apresentam deficiência na sinalização e 62,1% dos trechos avaliados têm falhas na geometria.
Em 2021, a frota de veículos registrados foi de 110.812.821 veículos, 57,1% de crescimento em relação a 2011, quando existiam 70.543.535 registros.
O transporte público urbano atendeu 189,8 milhões de passageiros, que foram transportados por mês no sistema de ônibus urbano em 2020, em nove capitais brasileiras(Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo-SP, 35,4% a menos do que em 2019 (293,9 milhões de passageiros).
Composição da frota brasileira:
Automóveis: 53,3%
Motocicletas: 22,2%
Caminhões: 2,6%
Ônibus: 0,6%