O mês de fevereiro atingiu um consumo nacional de 41.794 GWh, o maior valor para o mês desde 2004. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), na comparação anual, o consumo avançou 1,3% em fevereiro, devido à recuperação da classe comercial. O consumo das residências voltou a crescer, enquanto o consumo industrial apresenta estabilidade. No acumulado em 12 meses, o consumo foi de 500.589 GWh, com crescimento de 4,9% comparado com o período imediatamente anterior.
Setor industrial
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a indústria registrou um crescimento estável de 0,1%. Mesmo assim, teve o maior consumo dos últimos seis anos, atingindo 14.354 GWh. Mesmo que a Região Sudeste concentre um dos maiores polos industriais do país, o consumo das indústrias do local apresentaram retração de 0,9%, seguida da Região Norte, com retração de 4,6%. Enquanto isso, a Região Sul foi a que mais elevou o consumo em fevereiro, registrando um aumento de 4,3%.
Alagoas teve a maior taxa de expansão, com aumento de 58,2%.
Os ramos de produtos alimentícios (119 GWh; 6,5%), papel e celulose (99 GWh; 14,2%) e produtos químicos (69 GWh; 4,6%) tiveram as maiores expansões de consumo. O segmento de produtos têxteis apresentou a maior retração, registrando queda de 7,9%, seguido pela extração de minerais metálicos, com queda de 2,9%.
Residências
Ainda de acordo com a EPE, nas casas, o consumo de energia elétrica subiu 1,6% em fevereiro, chegando a 13.022 GWh de consumo. O clima mais quente e seco na Região Sul, resultado do fenômeno La Niña, contribuiu para um aumento de 11,3% no consumo dos moradores.
Entre os destaques está a queda do consumo no Amapá, onde ocorreram enchentes em decorrência de fortes chuvas e as temperaturas foram mais amenas no período, causaram uma queda no consumo de energia.
Comércio
O consumo energético do comércio cresceu cerca de 7,4% comparado a fevereiro de 2021, com um consumo de 7.985 GWh.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estaística emitiu o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços, em que o setor de serviços avançou 9,5% em janeiro, comparado a janeiro de 2021, contribuindo para a expansão do consumo no mês.
Os setores de moradia, alimentação, tecnologia da informação, transportes e serviços auxiliares aos transportes foram os que mais contribuíram para o desempenho da classe. Apesar do aumento do consumo, o valor é menor do que o que foi registrado antes da pandemia de COVID-19 no Brasil, em fevereiro de 2019 (8.039 GWh).
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.