(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CONSUMO

Semana Santa: Bacalhau pode custar até R$ 230 em BH, diz pesquisa

O site de pesquisas Mercado Mineiro realizou um levantamento sobre o preço dos pescados para a semana do feriado, comparando com o início da Quaresma


11/04/2022 11:40 - atualizado 11/04/2022 15:18

Na foto, loja Império dos Cocos no Mercado Central
Bacalhau pode custar até R$ 230 em BH e Região Metropolitana (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A Semana Santa teve início neste Domingo de Ramos (10/4) e como manda a tradição cristã, a Sexta-Feira da Paixão não se deve comer carne vermelha, por isso os peixes são mais procurados nesta época do ano. O site de pesquisas Mercado Mineiro realizou um levantamento no início da Quaresma e apontou aumento de até 59% nos peixes em relação ao ano passado e agora um novo estudo mostra que na semana do feriado os preços não tiveram grandes mudanças, como era esperado.
 
O levantamento mostra uma comparação dos preços dos peixes frescos, camarão e bacalhau, nas principais lojas do Mercado Central e peixarias da Região Metropolitana de Belo Horizonte, realizado entre os dias 01 a 04 de abril de 2022.
 
De acordo com a pesquisa comparativa dos preços médios de fevereiro a abril de 2022, o bacalhau do Porto caiu de R$ 177,88 para R$ 170,75, uma redução de 4%. O quilo do bacalhau Saithe caiu de R$ 78,83 para R$ 77,43, uma redução de 1,77%. O Camarão sete barbas pequeno caiu de R$ 43,53 para R$ 42,70, uma redução de 2%. O quilo do Salmão caiu de R$ 88,62 para R$ 86,75, uma redução de 2,11%. O quilo da Tainha caiu de R$ 31,87 para R$ 27,65, uma redução de 13%. O quilo do Filé de Tilápia caiu de R$ 44,11 para R$ 43,36, uma redução de 1,71%. 

O quilo do Curimatã subiu de R$ 21,91 para R$ 22,31, um aumento de 1,83%. O quilo da Corvina subiu de R$ 23,98 para R$ 24,32, um aumento de 1,40%. O quilo da Sardinha subiu 6% passando de R$ 17,92 para R$ 19,01. A dúzia de ovos vermelhos subiu de R$ 10,25 para R$ 10,70, um aumento de 4,42%. A dúzia de ovos brancos subiu de R$ 8,71 para R$ 8,94, um aumento de 2,60%.
 
O consumidor que normalmente faz a compra dos pescados para a Sexta-Feira da Paixão na própria semana deve ter uma surpresa. Segundo Feliciano Abreu, economista e coordenador do site Mercado Mineiro, os preços costumam ter uma queda ao fim da Quaresma, mas este ano houve uma tímida redução e alguns produtos até aumentaram.

“A gente tinha uma expectativa até maior de redução nos preços, porque comparamos com o início do carnaval na Quarta-Feira de Cinzas. Acompanhamos esse período nos mesmos locais e a gente esperava uma queda maior porque normalmente isso aconteceria. Tem muita gente querendo queimar o estoque porque sabe que depois da Quaresma cai o consumo de pescados, embora a gente está vivendo um momento muito diferente porque a carne vermelha está muito cara. Acaba que os peixes ajudam a fazer uma concorrência”, observa o economista.

Por isso, para que o consumidor possa seguir o costume sem prejudicar o bolso, a pesquisa também mostra uma comparação dos preços em BH e Região Metropolitana. Segundo Feliciano, o consumidor deve ficar atento tanto ao preço quanto à qualidade do produto. “As variações são muito grandes, o consumidor tem que ficar muito atento. No caso do bacalhau, tem que ver a própria qualidade”, afirma. 
 
 
Na foto, loja Peixaria Modelo, no Mercado Central
Consumidores buscam preços menores dos peixes no fim da Quaresma (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Dados do levantamento revelam que a diferença entre os preços do Bacalhau Saithe chega a 160%, com valores que vão de R$ 49,80 até R$ 129,80. O Bacalhau Porto Imperial custa entre R$ 149,90 a R$ 230, diferença de 53%. O Camarão Sete Barbas G pode ser encontrado de R$ 39,90 até R$ 78, uma variação 95%. O Camarão Rosa Limpo Médio, pode custar de R$ 58 até R$ 144,90, variando 149%. 

Entre os peixes frescos, também houveram variações significativas, como o quilo do Cascudo, que custa de R$ 20,90 até R$ 35, uma variação de 67%. O Quilo do Curimatã, custa de R$ 16,95 até R$ 28,90, uma diferença de 70%. O Quilo do Filé de Merluza, pode ser encontrado por R$ 25,90 até R$ 43,90, uma variação de 69%. O Quilo do Filé de Surubim, pode custar de R$ 49,90 até R$ 83,90, uma variação de 68%.

O quilo de Salmão pode custar de R$ 62,90 até R$ 129,90 com uma variação de 106%. O quilo da Sardinha custa de R$ 12,90 até R$25, uma variação de 94%. O quilo de Piratinga, custando de R$ 22,90 até R$ 39, com uma variação de 74%. O quilo da Tainha varia 54% custando de R$ 25,90 até R$ 39,90. O quilo do Filé de Tilápia, custando de R$ 32,90 até R$ 53, com uma diferença de 61%. O quilo do Surubim em posta custando de R$28,90 até R$59,90, variando 107%.
 
Elcio Silveira Zanetta, 66 anos, no Mercado Central nesta segunda-feira (11/4)
Elcio Silveira Zanetta, 66 anos, fazendo a compra no Mercado Central para a bacalhoada da Sexta-feira da Paixão (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 
 
Elcio Silveira Zanetta, de 66 anos, é aposentado e fez a compra nesta segunda-feira (11/4) para a bacalhoada. Ele contou ao Estado de Minas que sempre faz uma pesquisa dos preços antes, mas não notou muita diferença desta vez. "Eu achei um pouco salgado o preço, o bacalhau tava caro. Mas, infelizmente não tem jeito, tem que comprar. Todo ano a gente faz a bacalhoada com a família, reúne todo mundo", conta.
  
"Normalmente faço uma pesquisa antes de comprar, mas achei o preço praticamente igual em todos os lugares. Paguei cerca de R$ 270 o filé do bacalhau. Fico frustrado, mas o que a gente pode fazer? Tem que comprar", completa.
 
Helio Alves Carvalho, 53 anos, gerente da peixaria Modelo, no Mercado Central
Helio Alves Carvalho, 53 anos, gerente da peixaria Modelo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
 
 
Helio Alves Carvalho, 53 anos, gerente da peixaria Modelo, no Mercado Central de Belo Horizonte, disse que com todas as dificuldades dos dois últimos anos de pandemia da COVID-19, os comerciantes estão com a expectativa de recuperar o prejuízo. "Este ano não houve redução no preço com o fim da Quaresma se aproximando. O problema é que com a pandemia, todo mundo está apertado ninguém tá reduzindo o preço, mesmo se sobrar mercadoria no fim", explica.
 
Ele aponta que a procura aumentou desde a entrada na Semana Santa, no Domingo de Ramos. "A procura aumentou 70% do final de semana para cá. A gente não tem noção de como vai ser a semana porque os dois anos foram muito difíceis, mas esperamos que esse ano seja melhor", disse. A demanda tem sido maior para os peixes Piratinga e Surubim.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)