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Estado de Minas PARA JULHO DE 2022

Empresa de batatas pré-fritas congeladas vai gerar 740 empregos em Araxá

Essa será a primeira unidade da McCain no Brasil; recente reunião discutiu sobre construção de um acesso provisório à fábrica


12/04/2022 16:58 - atualizado 12/04/2022 17:01

Máquinas pesadas em pátio
As obras da primeira unidade da McCain no Brasil começaram em maio de 2020 (foto: Prefeitura de Araxá/Divulgação)
A McCain do Brasil Alimentos está na fase final de obras para inaugurar em Araxá, no Alto Paranaíba, as instalações da sua primeira fábrica no país, voltada para o processamento de batatas pré-fritas congeladas. A previsão, segundo a prefeitura, é que as atividades do empreendimento comecem no início de julho.
 
O investimento previsto até a conclusão das obras é de R$ 600 milhões, sendo que a fábrica, quando entrar em operação, vai gerar 240 empregos diretos e 500 indiretos.
Em maio de 2020, a McCain do Brasil, através de assinatura de contrato com a Prefeitura de Araxá, confirmou a construção na cidade de sua primeira planta no Brasil.
 
“Com isso, vamos potencializar nossa distribuição, eficiência no abastecimento e, consequentemente, melhorar ainda mais nosso nível de serviço no mercado local”, declarou o diretor geral da McCain no Brasil, Aluizio Neto.
 
Ainda conforme Neto, mesmo com a nova fábrica no Brasil, o mercado local continuará sendo abastecido também pela planta da McCain em Balcarce, na Argentina, que continua com a função de abastecimento para o Brasil e demais países da América do Sul.
 
A McCain do Brasil Alimentos é uma divisão da McCain Foods Limited, uma empresa privada com sede no Canadá, a maior fabricante mundial de batata pré-frita congelada e líder mundial em aperitivos/snacks.

A empresa emprega 20 mil pessoas, operando 52 fábricas em seis continentes e com vendas anuais superiores a 9,5 bilhões de dólares canadense.
 

Reunião sobre construção de acesso provisório

No último final de semana, a Prefeitura de Araxá e a empresa participaram de uma reunião com a Triunfo Concebra, que administra a rodovia BR-262. Na pauta, foi apresentada à concessionária a proposta de construção de um acesso provisório à futura fábrica.
 
O encontro, que foi realizado em Goiânia (GO), contou com as presenças dos secretários Rick Paranhos (Governo) e Ângelo França (Obras Públicas e Mobilidade Urbana), do consultor da McCain, Clóvis Faria, e do gerente de planejamento da Triunfo Concebra, Jorge Fraga.

Após o início das atividades da empresa, segundo informações de Clóvis Faria, cerca de 220 veículos pesados e leves precisarão fazer manobras com segurança ao entrar e sair da indústria, correspondendo cerca de 450 manobras diárias.

“A construção desse acesso é indispensável para assegurar o início das atividades da McCain em Araxá e, ao mesmo tempo, prevenir acidentes até que o trevo definitivo seja construído pelo governo do estado”, destacou Faria.

A BR-262 é de pista simples e registra um tráfego diário de 6,6 mil veículos, de acordo com Relatório de Tráfego da Triunfo. Deste total, 3,7 mil são carretas e caminhões.
 
“Com o início da operação da empresa em julho, se não for construído o acesso provisório, o risco de acidentes fatais no local será altíssimo”, considerou o secretário Ângelo França.

O acesso provisório está orçado inicialmente em cerca de R$ 300 mil e os recursos fazem parte de um pacote de incentivos concedidos pelo município à McCain, através da Lei Municipal n° 7.435/2020.

De acordo com o secretário de Governo, Rick Paranhos, toda a documentação para a construção do acesso provisório já foi enviada à Triunfo Concebra, que tem 10 dias para analisar. “Sendo aprovada pela concessionária, a documentação é encaminhada à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para obtenção de autorização da construção do acesso”, complementou Paranhos.

Atraso e indefinição das obras finais do acesso à empresa

Segundo informações da Prefeitura de Araxá, pelo acordo firmado entre o estado e a empresa, as obras do trevo definitivo na BR-262 para garantir o acesso com segurança à indústria são de responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER/MG).

Ainda conforme a prefeitura, o DER/MG fez a licitação, mas houve demora em assinar o contrato com a empresa que venceu a disputa pelo valor de R$ 4,64 milhões para realizar o serviço.

“E ela desistiu do contrato porque o preço estava defasado. A justificativa era que os insumos de construção foram reajustados, principalmente, os materiais betuminosos, usados na fabricação do asfalto.  O Instituto Integrado de Desenvolvimento Econômico (Indi) nos informou que a empresa se recusou a fazer o serviço pelo valor orçado. O governo chamou a segunda colocada, se ela se recusar a aceitar a obra nas mesmas condições, o DER terá de fazer uma nova licitação e isso vai atrasar muito a entrega do novo trevo. É possível que ele fique pronto só em 2023”, explicou Rick Paranhos.


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