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Estado de Minas MINÉRIO

Mineração registra queda de produção e faturamento no 1º trimestre do ano

De acordo com o Ibram, chuvas do início do ano afetaram a produção mineral, e redução de compras da China comprometeu desempenho da indústria do setor


26/04/2022 13:36 - atualizado 26/04/2022 14:45

Pilha de MINÉRIO de ferro e trabalhador com capacete ao fundo
De acordo com o Ibram, foram produzidas 200 milhões de toneladas de minério nos três primeiros de 2022, uma queda de 13% em relação ao mesmo período de 2021 (foto: Reprodução/CSN)

A indústria da mineração registrou queda no faturamento e na produção no primeiro trimestre do ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), divulgados na manhã desta terça-feira (26/4). 

De acordo com o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery, foram produzidas 200 milhões de toneladas de minério nesses três primeiros de 2022, o que representa uma queda de 13% em relação ao mesmo período de 2021, e de 29% em relação ao 4º trimestre de 2021.

O setor faturou R$ 56,2 bilhões, o que representa uma queda de 20% e de 31% nas mesmas comperações, respectivamente.

Consequentemente, a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) e dos impostos e tributos totais também teve queda. A Cfem teve uma queda de 25,5% em relação ao 1º trimestre de 2021 e de 36,1% em relação ao 4º trimestre de 2021. No primeiro trimestre de 2022, a Cfem ficou em R$ 1,5 bilhão.

Já os impostos tiveram queda de 20% e 31%. No primeiro trimestre de 2022, os impostos somaram R$ 1,4 bilhão.

Na balança comercial, as exportações minerais também recuaram, na comparação com os dois períodos, assim como o saldo do setor. As exportações minerais tiveram queda de 22,8% e de 21,3%.

Já o saldo da balança do setor teve queda de 42,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2021 e de 28,3% em comparação aos três últimos meses de 2021. Apesar disso, o saldo mineral equivale a 52% do saldo Brasil no primeiro trimestre de 2022.

Fator cíclico

Segundo o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, a queda na produção mineral brasileira foi observada, principalmente devido às fortes chuvas em Minas Gerais e diversas manutenções em unidades operacionais pelo país. Ele pontua que esse é um fator cíclico e que posteriormente a produção devm aumentar novamente. 

De acordo com o levantamento, Minas Gerais e o Pará foram os estados que mais sofreram em queda por faturamento, isso devido às chuvas e também porque o principal minério desses dois estados é o minério de ferro. Estados como Bahia, Goiás, Mato Grosso e São Paulo registraram um leve aumento.
 
Jungmann explica que a desaceleração das importações chinesas também foi fator decisivo para a queda na produção e no faturamento. Ele afirma que os impactos negativos são observados tanto em comparação ao 1º trimestre quanto ao 4º trimestre de 2021.

O Ibram informa ainda que, dentre outros fatores que mais contribuíram para resultados inferiores da indústria mineral brasileira, estão: medidas de isolamento decretadas pela China em reação à nova onda da pandemia de COVID-19 em diversas cidades; redução da demanda por minérios pelo governo chinês como medida de controle de preços e queda na produção de aço de várias siderúrgicas chinesas em resposta às medidas de controle de qualidade do ar durante as Olimpíadas de Inverno, em fevereiro.
 

Indústria mineral 

 
O executivo destaca que o setor mineral no Brasil é responsável por aproximadamente 1,4% do  Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, emprega cerca de 2 milhões de pessoas, direta e indiretamente.

Ainda segundo Jungmann, em 2021, o setor faturou em torno de US$ 62 bilhões, o equivalente a R$ 339 bilhões.

Ele informa ainda que setor mineral brasileiro é responsável pelo superávit da balança comercial brasileira - saldo que representa que as exportações de um país foram em maior valor que as importações, ou seja, o país vendeu mais do que comprou.
 
Dessa forma, apesar da queda, no primeiro trimestre de 2022, o Brasil exportou mais, ficando com saldo positivo na balança comercial de aproximadamente R$ 11 bilhões.




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