Os transportadores de combustíveis de Minas Gerais acenaram nesta terça-feira (10/5) que marcarão uma assembleia, provavelmente no fim da semana, para discutir a possibilidade de greve no setor. A razão se deve ao aumento de 8,8% no preço do diesel nas distribuidoras anunciado pela Petrobras.
Nesse sentido, o combustível, que antes custava R$ 4,51 por litro, vai passar para R$ 4,91 nas refinarias.
“Se não conseguirmos equilibrar as contas, existe a possibilidade de greve”, afirma o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes.
“Não temos data marcada, mas teremos uma assembleia para definirmos sobre essa política de preços da Petrobras, que está muito dura para os caminhoneiros”, confirma.
O efeito do aumento do diesel é em cascata, com impacto diversos gastos do transporte rodoviário. Por isso, um aumento de cerca da 20% dos atuais custos operacionais já é esperado, que deve ser repassado para o consumidor.
“Quando se tem um aumento no combustível, automaticamente aumentam os insumos. Os caminhões usam lubrificantes, arla, pneus e oficina. Tudo passa a ser mais caro. A gente fica com uma defasagem de 20% a 25%”, explica Irani.
O último reajuste do preço do combustível ocorreu há 60 dias. No último anúncio da Petrobras, a gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos. A Petrobras afirma que a alta é motivada pelo aumento da demanda global do diesel acima da oferta, com uma valorização maior que a do petróleo.