O Pix — pagamento eletrônico instantâneo — bateu novo recorde na última sexta-feira (6/5). Foram feitas em um único dia 73.198.432 de transações pelo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC). O recorde anterior, de 63.504.253 de transferências de recursos em tempo real, havia sido alcançado em 7 de abril deste ano. Segundo especialistas, esse aumento da demanda da utilização do Pix é algo esperado e natural.
Especialista em mercado financeiro do escritório Baptista Luz, Fabiano Ferreira explicou que as pessoas costumam ter receio diante de toda nova tecnologia, principalmente em relação à segurança. “Com o passar do tempo, a utilização dessa inovação vai se tornando cada vez mais de fácil compreensão para os usuários, o que torna cada vez maior sua utilização”, explicou. “Além disso, o fato de o Banco Central ter criado cada vez mais novas funcionalidades, o Pix saque, por exemplo, também estimula essa maior utilização.”
Fabiano apontou, ainda, que a tendência é que isso se amplie cada vez mais, “dada a facilidade e custo do produto, tendo o custo quase zero em alguns casos”. “Acaba sendo uma tendência nesse mercado”, afirmou.
“Esse aumento também reflete no maior conhecimento do Pix pelas pessoas e empresas. Tem sido cada vez mais comum estabelecimentos pequenos estabelecerem o Pix como forma de recebimento de pagamento, e isso se deve ao fato do aumento de confiança e segurança com o sistema, uma vez que essa segurança é garantida pelo BC.”
Fraudes
Segundo o especialista, paralelo a isso, é importante que as instituições ampliem cada vez mais os sistemas antifraudes e controles internos para diminuir o número de fraudes que, apesar de serem pequenas, devem ser cada menor. “É um sistema absolutamente seguro, com medidas previstas na regulamentação que garantem essa segurança”, afirmou.
Como é um produto que tem a ver com o mundo tecnológico, “é extremamente importante que as pessoas sejam cada vez mais educadas à utilização adequada desse produto e que as instituições e ofertantes desse produto aperfeiçoem os mecanismos antifraude”.