O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis Derivados do Petróleo de Minas Gerais (Sindtanque-MG) votou nesta sexta-feira (13/5), pela não realização da greve geral em protesto pelo aumento de 8,8% do diesel anunciado pela Petrobras no início da semana. A categoria decidiu por dar mais 30 dias de prazo para que a estatal nacional explique a atual política de preços e sugerir mudanças nos combustíveis.
De acordo com o sindicato, o prazo será o mesmo dado para que o governo de Minas faça proposta para a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Recentemente, a categoria reivindicou que o Estado reduzisse a alíquota de 15% para 12% sobre os combustíveis.
A assembleia foi realizada na sede do sindicato, em Betim, e contou com a participação de lideranças do setor. No início da semana, os trabalhadores cogitaram fazer greve para pressionar o governo para novas mudanças. Agora, uma nova paralisação não está descartada a partir de junho.
"Após 30 dias, se não houver proposta do governo federal e do governo estadual em trazer uma redução, a categoria pode cruzar os braços no cenário nacional", afirmou o presidente do Sindtanque, Irani Gomes.
O reajuste elevou o preço dos combustíveis de R$ 4,51 por litro para R$ 4,91 nas refinarias. Nas bombas, o motorista encontra valores próximos aos R$ 7 em grande parte dos postos de Minas Gerais.
O efeito do aumento do diesel é em cascata, com impacto diversos nos gastos do transporte rodoviário. Por isso, um aumento de cerca de 20% dos atuais custos operacionais já é esperado, que deve ser repassado para o consumidor.
O último reajuste do preço do combustível ocorreu há pouco mais de 60 dias. No último anúncio da Petrobras, a gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos. A Petrobras afirma que a alta é motivada pelo aumento da demanda global do diesel acima da oferta, com uma valorização maior que a do petróleo.