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Estado de Minas CONTRABANDO

Minas ocupa 2ª posição no ranking de tráfico de agrotóxicos no Brasil

Somente em 2021, mais de 40 toneladas foram apreendidas pela PRF no estado


17/05/2022 14:40 - atualizado 18/05/2022 11:37

Verduras e legumes
Minas Gerais é o segundo estado do pais a usar agrotóxicos ilegais ou contrabandeados (foto: Gladyston Rodrigues/EM)
O estudo “O Mercado Ilegal de Defensivos Agrícolas no Brasil”, realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF), aponta Minas Gerais em segundo lugar no ranking de mercado ilegal de agroquímicos no Brasil, superando São Paulo e ficando atrás apenas do Mato Grosso do Sul. A pesquisa foi realizada de janeiro de 2018 a fevereiro de 2021.

Somente em Minas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, 40,5 toneladas de agroquímicos contrabandeados em 2021. Em 2020, foram 650kg, um aumento de 97,4% em um ano.

De acordo com estudo da IDESF, alguma das motivações para que Minas ocupe o segundo lugar no mercado ilegal, é o fato do estado ser  agropecuário e ter malha rodoviária importante no escoamento de produtos. 

Apesar das barreiras impostas pela pandemia da COVID-19, as alterações no mercado ilegal só cresceram, segundo o estudo. A anális dos dados demontram que a entrada dos agroquímicos contrabandeados no Brasil se ampliou, não somente na quantidade, mas também na diversificação dos produtos introduzidos ilegalmente no país.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 70,4 toneladas de agroquímicos ilegais nas estradas brasileiras no ano passado, 13,7% a mais do que as 61,9 toneladas apreendidas em 2019. Se comparado com 2018, quando foram interceptadas 50,9 toneladas, o aumento é de 38,3% em dois anos. Somente nos dois primeiros meses de 2021, foram 31,5 mil toneladas apreendidas, quantidade que se aproxima da metade do que foi alcançado em todo ano passado. 


Mercado ilegal 


O mercado ilegal de agroquímicos é um conjunto de delitos, que são comandados por quadrilhas especializadas. De acordo com o estudo, entre as práticas mais comuns estão roubo, falsificação, desvio da finalidade do uso e contrabando.


No Brasil, os defensivos agrícolas mais usuais são herbicidas (49%) para controle de pragas, inseticidas (21%) para controle de insetos, fungicidas (21%) para matar fungos, e por último, bactericidas (11%). 


 

Workshop em Minas

Evento
90 pessoas participaram do evento sobre o mercado ilegal de defensivos agrícolas, que cresce cada vez mais e é extremamente prejudicial para o país (foto: CropLife/Divulgação)

 

A CropLife - associação que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para a produção agrícola sustentável - apresentou hoje (17) um workshop em Belo Horizonte e discutiu com policiais, agentes de segurança pública, autoridades locais e interessados no tema informações sobre o mercado de agrotóxicos ilegais.

 

O objetivo principal do evento foi sensibilizar o poder público local para o mercado ilegal de defensivos agrícolas, que cresce cada vez mais e é extremamente prejudicial para o país. 


Para Nilto Mendes, gerente do Comitê de Combate a Produtos Ilegais da CropLife Brasil e um dos organizadores do evento, a iniciativa é realizada em um momento crucial, haja vista o avanço de ilícitos desta natureza no estado. “Embora não esteja em uma região fronteiriça, onde é mais comum episódios de contrabando de insumos, Minas Gerais vêm apresentando casos recorrentes desse tipo de atividade, números corroborados pelos totais de apreensões realizadas nos últimos anos”, explica.

 

Entre os representantes de instituições de Minas Gerais que estiveram presentes no evento, destacam-se: a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), o Corpo de Bombeiros Militar, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as Polícias Civil, Militar, Miliar Ambiental e Rodoviária Federal, a Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG), a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) e a Subsecretaria de Inteligência e Atuação Integrada (Sinuit).

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Jociane Morais  


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