O Ministério da Economia piorou as projeções de inflação, elevando de 6,55% para 7,90% a previsão de alta do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, e de 3,25% para 3,60%, a estimativa para 2023, conforme dados do Boletim MacroFiscal divulgado, ontem, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta.
A meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) deste ano é de 3,50%, já ultrapassada pelo IPCA acumulado de janeiro a abril, de 4,29%. O limite superior dessa meta é de 5% e há estimativas de grandes bancos, como o francês BNP Paribas, já prevendo que o IPCA deste ano fique em 10%, como ocorreu em 2021. Para 2023, a meta de inflação é de 3,25% e o teto, de 4,75%.
Além da surpresa com a alta dos preços dos alimentos e bebidas, um dos vilões da inflação, os constantes aumentos dos combustíveis — acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional devido à guerra na Ucrânia — foram alguns dos principais fatores apontados pelos técnicos da equipe econômica para a revisão nos dados de inflação.