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Estado de Minas TANQUEIROS

Possibilidade de greve? Tanqueiros convocam assembleia para segunda-feira

Categoria está insatisfeita com os últimos reajustes do óleo diesel e promete nova mobilização para tentar mudar política da Petrobras


26/05/2022 16:39 - atualizado 26/05/2022 16:59

Tanqueiros na estrada
Tanqueiros prometem se reunir para discutir situação da categoria (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

O Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) marcou nova assembleia extraordinária para a segunda-feira (30/5), às 10h, em Betim. Insatisfeitos com os reajustes da Petrobras, os caminhoneiros colocarão em votação a possibilidade de greve por tempo indeterminado e pretendem intensificar o debate acerca do preço do óleo diesel.
 
O último aumento do combustível ocorreu em 9 de maio, com o litro passando de R$ 4,51 para R$ 4,91 nas distribuidoras – reajuste de 8,87%. O diesel já acumula alta de 47% nas refinarias da Petrobras em 2022. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, o produto já passa de R$ 7 nos postos. 

 
"As medidas adotadas até agora pelos governos federal e estadual e pelo Congresso Nacional não resolvem o problema, apenas tapam o sol com a peneira. A solução da questão passa pela extinção da Paridade de Preço de Importação (PPI), adotada pela Petrobras, em 2016, no governo de Michel Temer. É preciso voltar ao que era antes de 2016, pois o mercado brasileiro não tem capacidade de suportar a precificação baseada na cotação internacional.”  

No último dia 13, o sindicato, junto com entidades representativas dos transportadores de combustíveis e  de derivados de petróleo de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia e Espírito Santo, decidiu conceder 30 dias de prazo para que os governos federal e estaduais e a Petrobras apresentem propostas para a redução dos preços dos combustíveis

No dia 17, a diretoria do Sindtanque-MG chegou a ser recebida pelo secretário de Estado de Fazenda e pela secretária-adjunta de Planejamento de Minas Gerais, entre outros representantes do governo estadual, mas nenhuma proposta foi apresentada ao setor.  

"Além disso, o governo federal, que é dono de cerca de 30% da Petrobras, precisa decretar calamidade econômica no setor de combustíveis, devido aos altos custos do dólar e do barril de petróleo no mercado internacional. E, diante disso, transformar sua parte na Petrobras em um fundo para achatar a curva do aumento dos combustíveis", propõe o dirigente sindical.


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