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Estado de Minas BARES E RESTAURANTES

Inflação aperta margem de lucro dos bares e restaurantes em Minas

Apesar do aumento do custo operacional, 77% das empresas do setor não conseguiram reajustar os preços dos produtos no mesmo ritmo que a inflação no Brasil


27/05/2022 16:54 - atualizado 27/05/2022 18:10

Foto de um garçom na fachada de um restaurante em Belo Horizonte
A opção por manter os preços competitivos tem feito os empresários assumirem os prejuízos da inflação, que chegou a 1,06% em abril de 2022, o mais alto para o mês desde 1996 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

A inflação no Brasil impactou na redução da margem de lucro de bares e restaurantes em Minas Gerais. De acordo com a Abrasel-MG, associação que representa o setor, 77% dos empresários não conseguiram elevar seus preços acima da variação positiva no país, ao passo que apenas 6% obtiveram sucesso nos reajustes.

Ao mesmo tempo em que mantêm preços competitivos, donos de bares e restaurantes acabam “assumindo os prejuízos” da inflação em razão do aumento do custo operacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 1,06% em abril de 2022, o mais alto para o mês desde 1996. Já o acumulado nos últimos 12 meses é de 12,13%.

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Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, 98% dos empresários que tiveram prejuízo em abril não conseguiram reajustar os preços. Entre os que reportaram lucro, o índice é de 67%. Por fim, 76% dos estabelecimentos em equilíbrio no mês passado mantiveram os valores de seus produtos.

“Esses números evidenciam o quão desafiador tem sido para o setor lidar com o rápido e intenso aumento da inflação. Por isso, para incentivar o consumo, os restaurantes estão segurando os preços, o que contribui para a inflação da alimentação fora do lar (0,62% em abril) ficar abaixo da de alimentos e bebidas (2,06%)”, afirma Matheus Daniel, presidente da Abrasel-MG.

O levantamento da Associação mostrou ainda que 37% dos entrevistados têm parcelas de crédito atrasadas. O número é menor entre os contemplados pelo Pronampe (17%), linha de crédito do governo federal voltada para microempresas e empresas de pequeno porte.

A Abrasel realizou a pesquisa entre 4 e 16 de maio e contou com a participação de 235 empresários do setor.
 
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda


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