O preço médio da gasolina iniciou o mês de junho com uma redução de 1,34%, equivalente a R$ 0,16, em Belo Horizonte e região metropolitana, em comparação aos preços da segunda semana de maio, segundo levantamento feito pelo Mercado Mineiro e pelo aplicativo ComOferta. A pesquisa mostra que os preços tiveram uma leve queda, mas o valor médio ainda é de R$ 7,44, antes era R$ 7,54.
Ao todo, foram consultados os preços em 175 postos da capital mineira, entre os dias 8 a 10 de junho. De acordo com a pesquisa, entre os estabelecimentos pesquisados, o menor valor encontrado na gasolina comum foi R$ 7,18 e o maior R$ 7,79, variação de 8,50%.
Para os usuários de etanol o cenário também foi de redução, mas muito mais significativo. O menor preço encontrado entre os postos pesquisados foi de R$ 4,78 e o maior de R$ 5,59, variação de 17%.
Em comparação com o levantamento realizado dia 15 de maio, o preço médio do etanol caiu 7,14%, isto é R$ 0,62. O valor médio era R$ 5,57 e reduziu para R$ 5,17.
De acordo com o economista e coordenador do Mercado Mineiro e aplicativo ComOferta, Feliciano Abreu, no momento o etanol é viável para o bolso do consumidor, já que o litro do combustível corresponde a 69% do preço médio da gasolina comum.
Ainda segundo o especialista, o valor do diesel está praticamente estável, tendo caído 1% nos últimos 30 dias, o que equivale a R$ 0,08. O preço que era R$ 7,02 reduziu para R$ 6,94.
Já o preço médio do diesel s10 subiu 80%, um reajuste de R$ 3,09, se compara os valores de janeiro de 2021 a junho de 2022. O preço médio que era R$ 3,85 foi para R$ 6,94. O menor preço do litro do diesel encontrado durante a pesquisa foi R$ 6,74 e o maior R$ 7,39, com variação de 9,64%.
A pesquisa completa você confere no site do Mercado Mineiro.
Consumidores procuram descontos
O instrutor de auto-escola Ivo Sabino Ribeiro, de 52 anos, conta que para economizar utiliza o aplicativo do Posto Zeppelin, localizado na Via Expressa. A cada R$ 100 abastecidos, o instrutor ganha de volta R$ 3.
“Para mim eu acho bom, mas o preço do combustível poderia baixar um pouquinho, né? Poderia abaixar mais. Eu acho que o ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do nosso estado é um dos ICMS mais caros do Brasil”, opinou o motorista. “ O aplicativo ajuda muito a gente, né? Devolvendo um pouco daquilo que o ICMS toma da gente”, complementa.
Ribeiro conta que, com dois alunos na aula prática de direção, ele roda em torno de 130 quilômetros por dia. De acordo com o intrutor, utilizando o aplicativo ele chega a economizar de R$ 100 a R$ 150, o que ajuda bastante no gasto mensal.
Já o analista de sistemas Luiz Eugênio Santos Silveira, de 59 anos, destaca que para economizar tem optado pela motocicleta, já que, segundo ele, consegue ter mais autonomia e reduzir os gastos.
Luiz também utiliza o aplicativo do posto para conseguir economizar no abastecimento. Ele diz que é uma opção bastante interessante e que tem utilizado por bastante tempo. Apesar dos descontos, o analista afirma que ainda não está satisfeito com os valores.
“Não estou satisfeito. Inclusive eu acho que essa redução tem que ser um trabalho conjunto tanto do governo federal, governo estadual e dos postos. Eu acho que o posto de gasolina tem um papel muito importante nessa cadeia que é de todo mundo ajudar para diminuir um pouco. Todo mundo dar a sua contribuição de parcela, para redução desses valores, né? Que estão realmente muito altos”, ressalta.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jociane Morais