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Estado de Minas ICMS

Governo ganha batalha dos combustíveis e projeto vai a sanção presidencial

Câmara conclui aprovação do PLP que fixa teto de 17% para o ICMS incidente sobre os produtos. Texto agora aguarda apreciação de Bolsonaro


16/06/2022 10:04

Plenário do Senado
(foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


Por 307 votos favoráveis e um contrário, a Câmara concluiu a votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que fixa um teto de 17% para o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente em combustíveis, gás natural, energia elétrica, transporte público e telecomunicações. A proposta vai, agora, à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O texto-base aprovado pelo Senado já havia sido avalizado, também, no plenário da Câmara, na terça-feira, por 348 votos favoráveis e nenhum contrário, mas, devido a um problema técnico no painel de votação, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), preferiu retomar a votação do zero. A princípio, os deputados usariam a sessão de ontem apenas para apreciar as alterações que o relator, Elmar Nascimento (União-BA), fez no texto proveniente do Senado, como havia sido combinado anteriormente.

- Leia: Projeto que reduz ICMS pode baixar o preço dos combustíveis?

A aprovação do PLP dois dias após o texto avançar no Senado, mesmo com uma semana curta devido ao ferido de Corpus Christi, só foi possível por intervenção de Lira, um dos caciques do Centrão, grupo de apoio do governo no Congresso.

Após a votação de ontem, Lira enviou um recado aos governadores, críticos do PLP, e afirmou que a medida não é contra os estados, mas, sim, para enfrentar a inflação galopante "por consequência da pandemia e por fatores internacionais (a invasão da Rússia à Ucrânia)". O presidente da Câmara disse, também, que o texto é a favor da população brasileira, especialmente para a proteção "dos mais vulneráveis".

"O Congresso Nacional criou um teto de ICMS para combustíveis, energia elétrica, transportes coletivos e telecomunicações. Devolve ao povo dinheiro do povo num momento crítico da economia mundial", escreveu nas redes sociais. "Os teóricos do ideal e os escoliastas da perfeição veem o cenário global se deteriorando e encontram nesse fato o motivo para acharem as medidas insuficientes. Fazer nada seria melhor então? O fato é que o mundo e o Brasil vivem o resultado de ondas sucessivas e sem precedentes de crises de larga escala. O nosso compromisso continua o mesmo: proteger os mais vulneráveis, hoje, amanhã. Sempre."

O autor do projeto, deputado Danilo Forte (União-CE), comemorou a aprovação e disse que os governadores fizeram um lobby "nocivo" contra a apreciação da matéria. "O povo brasileiro está angustiado e sofrido com a carestia, com a inflação de preços indutores de geração e formação de outros preços, como energia, gasolina, combustível, telecomunicação", ressaltou. "É muito difícil, nesta Casa, defender o povo, porque o lobby dos ricos, o lobby dos governadores que tentaram torpedear essa matéria é muito claro, foi visível. E quem vence o lobby nocivo à sociedade brasileira é a força do povo."


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