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Estado de Minas COMBUSTÍVEIS

Petrobras sinaliza que deve aumentar preços dos combustíveis

Estatal argumenta que país correrá risco de desabastecimento caso reajuste não seja aplicado. Em live, presidente Jair Bolsonaro critcou medida


16/06/2022 20:52 - atualizado 17/06/2022 01:20

Bomba de combustível
Diesel e gasolina podem ter novo reajuste nos próximos dias (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O Conselho de Administração da Petrobras deu sinal positivo ao aumento nos preços dos combustíveis em reunião extraordinária nesta quinta-feira (16/6). Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, no portal G1, o reajuste incidirá sobre o diesel, com aumento de 10%. Já o site Valor Econômico noticiou impacto também na gasolina.

Conselheiros próximos ao presidente Jair Bolsonaro tentaram convencer seus pares a adiar o aumento, mas a sugestão foi recusada. A diretoria da Petrobras teria argumentado que a única forma de evitar a variação positiva seria o subsídio do diesel adquirido no exterior pela estatal e por importadores privados. A ideia, contudo, foi descartada pelo governo.


Os executivos da Petrobras ainda alegaram que um eventual adiamento no aumento acarretaria em importação de diesel mais caro, o que traria prejuízos para a companhia, possível escassez do combustível e ações na Justiça.

Lideranças da estatal também teriam dito que, após medidas adotadas pelos Estados Unidos, os preços da Petrobras estariam defasados em 20% e os da gasolina em 5% em comparação ao mercado internacional.

Proposta do governo


O governo federal apresentou projeto para limitar em 17% a alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de gasolina, diesel e etanol, além de energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo. Em contrapartida, os estados seriam compensados pela União com recursos de R$ 25 bilhões a R$ 50 bilhões.

Posto de combustível em Belo Horizonte
Posto de combustível em BH vende gasolina a R$ 7,38 o litro (foto: Leandro Couri/EM D.A Press - 13/6/2022)


O objetivo da lei é reduzir o valor dos combustíveis para o consumidor e, desta forma, tentar apagar a imagem de que a gestão de Jair Bolsonaro é responsável pela disparada de preços e não tomou nenhuma atitude para interromper a subida.


A medida foi criticada por governadores estaduais, que estimam perda de arrecadação de R$ 64 bilhões a R$ 83 bilhões com a proposta de corte de parte do ICMS.

'Interesse político'


Há algumas semanas, Bolsonaro apontou a Petrobras como responsável pela inflação dos combustíveis no Brasil. O presidente vem repetindo insistentemente que a empresa está “rachando de ganhar dinheiro”, mas sem avaliar os impactos da inflação para a população.

Jair Bolsonaro sentado
Jair Bolsonaro criticou lucro da Petrobras e pede que eles pensem no impacto social (foto: Reprodução)


Nesta quinta-feira, em sua live, Bolsonaro voltou a criticar os administradores da companhia. “Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o atual presidente da Petrobras".


Na opinião de Bolsonaro, trata-se de “um interesse político para atingir o governo federal” caso a petroleira aumente os preços enquanto o governo negocia a redução do ICMS com os governadores.

Por sua vez, a Petrobras defende que importadores privados podem desistir de atuar no Brasil se houver contenção dos preços. Segundo a empresa, a manobra levaria a um desabastecimento de combustível no país.


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