Em meio ao turbilhão político que atinge a maior empresa brasileira, a Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (20/6), o pagamento da 1ª parcela da distribuição de R$ 24,25 bilhões em remuneração aos acionistas. Desse total, a União receberá R$ 8,85 bilhões.
O Conselho de Administração aprovou o repasse em maio, mas o comunicado ao mercado foi feito nesta segunda. "O valor bruto distribuído hoje corresponde a dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1,857745 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base na posição acionária de 23 de maio de 2022", informou.
A segunda parcela da remuneração será paga em 20 de julho. Também em maio deste ano, a companhia reportou ao mercado lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o maior da história.
De acordo com o pesquisador Eduardo Costa Pinto, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), o lucro se deve à atual política da estatal por preços máximos, resultado da combinação do PPI e da visão de curto prazo da direção da empresa na gestão Bolsonaro, não de mercado, como divulgado
De acordo com Eduardo Costa Pinto, caso a Petrobrás praticasse preços 20% mais baixos em 2021, o lucro cairia dos R$ 106,5 bilhões obtidos no ano passado, para R$ 46,8 bilhões, mantendo a alta lucratividade dos acionistas.
O Conselho de Administração aprovou o repasse em maio, mas o comunicado ao mercado foi feito nesta segunda. "O valor bruto distribuído hoje corresponde a dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de R$ 1,857745 por ação ordinária e preferencial em circulação, com base na posição acionária de 23 de maio de 2022", informou.
A segunda parcela da remuneração será paga em 20 de julho. Também em maio deste ano, a companhia reportou ao mercado lucro líquido de R$ 44,561 bilhões no primeiro trimestre de 2022, o maior da história.
União
O governo federal detém 36,6% do capital total da companhia e é o maior acionista da Petrobras. A alta lucratividade e os preços elevados dispararam uma crise política em torno da estatal e levaram o presidente Jair Bolsonaro (PL) a pressionar a empresa por mudanças na direção da companhia, que culminaram na renúncia do agora ex-presidente José Mauro Ferreira Coelho.De acordo com o pesquisador Eduardo Costa Pinto, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep), o lucro se deve à atual política da estatal por preços máximos, resultado da combinação do PPI e da visão de curto prazo da direção da empresa na gestão Bolsonaro, não de mercado, como divulgado
De acordo com Eduardo Costa Pinto, caso a Petrobrás praticasse preços 20% mais baixos em 2021, o lucro cairia dos R$ 106,5 bilhões obtidos no ano passado, para R$ 46,8 bilhões, mantendo a alta lucratividade dos acionistas.