Os preços da gasolina em vários postos da Região Metropolitana de Belo Horizonte caíram para menos de R$ 6 nesta quarta-feira (6/7). A redução é consequência da mudança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
A queda do ICMS sobre os combustíveis, de 31% para 18%, foi decretada pelo estado na última sexta-feira (1º/7). Já era esperado que os novos valores fossem aplicados gradativamente.
Hudson Batisita de Oliveira, de 38 anos, é gerente do posto da rede Phoenix, em Santa Luzia. Segundo ele, os preços na unidade (gasolina comum a R$ 5,98) ainda não se estabilizaram e podem cair mais nas próximas semanas.
“A queda do preço foi ontem a tarde, e já dá pra sentir nas bombas o aumento da procura. Não dá pra estimar quanto, mas [a redução dos preços] é muito importante para o aumento do consumo dos clientes, ajudando na competitividade”.
A diferença de preço já foi sentida no bolso da arquiteta Brigida Morais, de 49 anos. Ela roda em média 50 quilômetros de carro todos os dias e espera economizar cerca de R$ 100 por mês com a redução.
“Eu achei que a redução foi boa. Escancarou o absurdo que é o imposto sobre o combustível”, afirmou.
Brigida não deixou de usar o carro por causa dos preços elevados, mas optou pelo etanol para conter as despesas. Nesta terça, ela voltou a abastecer com a gasolina.
Impacto no transporte
Quem usa o automóvel como ferramenta de trabalho sente um impacto ainda maior na baixa dos preços. É o caso de Rhainer Oliveira Martins, de 18 anos, que atua com transporte de carga e percorre de 100 a 150 quilômetros por dia com o veículo.
“Para quem está nessa área, essa redução é muito interessante. Eu faço entrega em escolas, e eles não pagam pelo diesel nem pela gasolina”. Segundo o motorista, a alta dos combustíveis onerava de forma significativa o setor de transporte.
Rhainer também contou que voltou a usar carro próprio para sair de casa. “Eu tava indo de Uber para os lugares por causa do preço da gasolina. Agora, dá para voltar a tentar andar de carro novamente”.
Todavia, o jovem se diz atento à possibilidade de os combustíveis voltarem a subir no futuro. “A gente sabe que é uma coisa voltada para a política, e que pode subir de novo a qualquer momento. Ainda está um preço bem elevado em relação a um tempo atrás, mas com a redução, já deu uma melhorada”.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Rafael Arruda