Com o diesel chegando a R$ 8,09, em Belo Horizonte, segundo indica pesquisa do Mercado Mineiro, tanqueiros de Minas Gerais não descartam paralisação. Na próxima quarta-feira (13/7), a categoria vai se reunir para deliberar uma possível greve, caso a situação não se altere, conforme o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG), Irani Gomes.
“O preço médio do diesel está R$ 7,60, em Minas Gerais, e, em alguns postos fora da Grande BH, chegam até R$ 8,60. A categoria está revoltada com fato da redução do ICMS não ter atingido o preço desse combustível. Então, essa semana será muito decisiva, caso não tenha uma mudança a favor desses trabalhadores, faremos uma paralisação geral”, afirmou Gomes.
valores da gasolina que, após a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), caiu, o preço médio do diesel, em comparação ao mês passado, aumentou de R$ 6,94 para R$ 7,63, cerca de 9,95%. Nos postos, o menor preço cobrado pelo litro de diesel é de R$ 7,24, uma variação de 11,74% comparado ao maior valor encontrado.
Ao contrário dos Os dados da pesquisa, que fez o levantamento dos valores dos combustíveis em 180 postos de Belo Horizonte e Região Metropolitana, entre os dias 7 a 10 de julho, comparou os preços com o levantamento do dia 10 de junho. O estudo também indicou que o custo médio do diesel S10 subiu 98% (R$ 3,78) de janeiro de 2021 a este mês.
Consumidores estão insatisfeitos com preço do diesel
O presidente do Sindtanque-MG informou que a reunião será não só com os trabalhadores do transporte de combustível e derivados de petróleo, como também de outras modalidades. “Precisamos da redução do ICMS do óleo diesel. A redução foi somente para gasolina, pois estava acima de 18%. Como hoje o diesel é 14%, ele não foi contemplado”, disse.
Segundo Gomes, essa queda de preço é importante para que outros produtos também tenham seus valores diminuídos. “Atualmente, o que faz abaixar o custo do leite, arroz, feijão e material de construção é o óleo diesel. Por isso, os valores desses produtos continuam altos, já que mais 80% das cargas brasileiras é feita pelo transporte rodoviário. Então, diminuir o preço gasolina e o etanol não é suficiente para diminuir a inflação, afinal é o diesel a cadeia principal dos combustíveis”, afirmou.
William Rossi, 46, motorista de caminhão de mudança, é um dos trabalhadores que não está satisfeito com o cenário. Ele também afirmou que a redução do combustível foi positiva somente para os carros movidos à gasolina. “Como trabalho com caminhão, essa queda no valor não resolveu muita coisa, pois o óleo diesel está quase chegando a R$ 8, onde costumo abastecer. Então, essa medida não afetou aos motoristas que estão no ramo de transporte que utiliza o diesel”, contou.
Além disso, ele conta que não consegue mais encher o tanque do caminhão. “Não tenho condições de completar o tanque mais. Agora, só coloco o combustível necessário para fazer o serviço, já que não dá para passar disso. Está muito complicado”, disse.
Gasolina e etanol
A pesquisa do Mercado Mineiro mostrou que a gasolina teve uma redução de 19,99%, o que é equivalente a R$ 1,49. O valor médio encontrado anteriormente era de R$ 7,44 e, atualmente, de R$ 5,95. Nos postos de gasolina consultados, o menor preço encontrado foi de R$ 5,64 e o maior de 17,91%.
No caso do etanol, a redução também impactou positivamente. O preço médio do combustível caiu 9,16%, ou seja, reduziu R$ 0,47 em comparação ao mês de junho. O valor médio era de R$ 5,17 e passou a ser de R$ 4,70. O menor prelo encontrado entre os postos pesquisados foi de R$ 4,48 e o maior de 5,17, variação de 14,96%.
Com a queda do preço da gasolina, o etanol não é mais viável para o consumidor, situação diferente de duas semanas atrás. Atualmente, quando compararmos os prelos médio, o etanol corresponde a 79% do preço médio da gasolina comum.