A Fazenda Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, será a sede do primeiro museu do agronegócio brasileiro, que vai ser mantido pelo Centro Internacional para Inovação e Transferência de Tecnologia Agrícola e Pecuária (CIITTA).
A confirmação da novidade foi concretizada ontem (11/7) no auditório do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEATM), onde aconteceu a solenidade de lançamento do Museu do Agro Sustentável Alysson Paolinelli (Masap).
O evento contou com a presença de várias autoridades políticas e pesquisadores de universidades e entidades, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).
A fazenda onde será o museu pertence à Embrapa e está cedida à Epamig.
De acordo com o coordenador do projeto do museu, o ex-prefeito de Uberaba, Paulo Piau, o mesmo, que está orçado em torno de R$ 100 milhões, já recebeu um recurso de R$ 790 mil do Banco Bradesco e está na fase considerada básica.
“Estamos estruturando o projeto com os trabalhos do arquiteto Gustavo Penna e da museóloga Maria Ignez Zucco Mantovani. O próximo passo é o projeto ser aprovado pela Secretária Nacional de Cultura e depois entrar na fase de execução e captação dos recursos.
Alguns agropecuaristas e empresários já demonstraram interesse em serem parceiros, como o empresário Marco Túlio Paolinelli, e não teremos problemas na fase de captação do restante dos recursos para a concretização do museu”, ressaltou Piau.
Ainda conforme o coordenador do Masap, a previsão é que as obras de recuperação e reforma das atuais instalações e prédios da fazenda, bem como a construção de 14 mil m² de novas construções do museu, devam ser iniciadas no ano que vem, com inauguração prevista para 2024 ou 2025.
Segundo informações do presidente do CIITTA, Cléber Guarany, o museu será construído em um espaço de 50 hectares. "Para a construção, foi feito um acordo com a Embrapa e Epamig, que permitiram a instalação. Todo o espaço da fazenda, que já conta com prédios de pesquisas e de instituições, será reformado e atualizado.
O local será aberto ao público e voltado também para o lazer, contando com outros serviços, como restaurante e espaço para caminhada, por exemplo", contou.
Museu terá tecnologia de realidade aumentada e virtual
Ainda segundo Guarany, além da estrutura física, o museu, também será virtual, tendo como objetivo atingir um maior público e também alcançar o público internacional.
“A construção do museu será muito importante para a produção agrícola e pecuária do Brasil. Ele será moderno e com características dos novos museus de outros países”, complementou.
Mostrar a importância do trabalho sustentável
Segundo a museóloga e diretora da Expomus, Maria Ignez Mantovani Franco, que faz parte do desenvolvimento do projeto, em entrevista para o site "ABC Focado em Você", o espaço possibilitará a comunicação global sobre a excelência da agricultura brasileira e a importância do trabalho sustentável que busca transformar as novas gerações.
“O museu será um espaço de inovação continuada, que comunicará globalmente a excelência da agricultura brasileira, bem como o compromisso assumido em escala global de atuar por meio de parcerias voltadas a reduzir a fome no mundo e priorizar soluções ambientalmente sustentáveis", disse.
“O museu aproximará o campo e a cidade, trazendo a história e toda a relação com a área internacional, conquistando cada vez mais mercado”, considerou Roberto Rodrigues, o ex-ministro da Agricultura e um outro integrante da equipe envolvida na construção do projeto.