Responsável por administrar o processo de recuperação judicial do Grupo Itapemirim, a EXM Partners pediu a falência da empresa em razão do descumprimento do plano para quitação do passivo superior a R$ 2 bilhões.
Uma proposta da companhia Suzantur é vista como vantajosa para a massa falida e aos credores, que não estão sendo pagos por falta de recursos.
Em 2016, o empresário Sidnei Piva adquiriu o controle da Itapemirim, que estava em recuperação judicial, por R$ 1. No entanto, com o passar do tempo, a companhia não conseguiu mais arcar com a folha salarial, nem tampouco pagar fornecedores e recolher impostos.
Segundo o representante da EXM Partners, Eduardo Scarpellini, R$ 45 milhões da Itapemirim foram desviados para a criação da companhia aérea ITA, que encerrou as atividades em dezembro de 2021.
Nos últimos cinco anos, o quadro de funcionários do grupo diminuiu de 3.776, em 2017, para apenas 197, em 2022. O faturamento também caiu de maneira significativa, de R$ 15,6 milhões mensais, em 2021, para os atuais R$ 373,4 mil.
Além disso, as linhas concedidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foram canceladas, e os ônibus usados pela Itapemirim necessitam de manutenção.
Proposta da Suzantur
De acordo com o Diário do Transporte, a Suzantur ofereceu 1,5% da receita líquida da venda das passagens ao Grupo Itapemirim, garantindo um valor mínimo de R$ 200 mil.
A Suzantur quer todas linhas, guichês e salas VIP da Itapemirim por um ano, além de pagar o aluguel de um imóvel em Curitiba com valores de mercado por dois anos.
Caso a Itapemirim seja vendida após 12 meses, a Suzantur deverá ser indenizada pelos investimentos do período. Isso inclui operações, rescisões trabalhistas e fornecedores.