A pesquisa mostra que, desde a sanção do teto do ICMS e redução de preço nas refinarias, o valor médio da gasolina caiu de R$ 7,54 para R$ 5,66. Nos últimos 15 dias, o combustível teve uma queda de 25%, o que representa R$1,88 de alívio no bolso dos consumidores.
Para os usuários de etanol o cenário também foi de redução. Em comparação com o levantamento realizado no dia 10 de julho, o preço médio do etanol caiu 5,93%, isto é R$ 0,28. O valor médio era R$ 4,70 e reduziu para R$ 4,42.
Ao todo, foram consultados os preços em 181 postos, entre os dias 21 a 24 de junho. De acordo com a pesquisa, entre os estabelecimentos pesquisados, o menor valor encontrado na gasolina comum foi de R$5,34 e o maior R$5,99, uma variação de 12,17%.
Consumidores comemoram queda no preço
Para algumas pessoas, a queda no preço da gasolina foi um incentivo para continuar no trabalho. Como é o caso de Adriana Kuhl, de 54 anos, motorista de aplicativo e que depende do preço dos combustíveis para tirar seu sustento. Ela diz que atualmente gasta, em média, cerca de R$ 100 por dia no trabalho.
Na época que a gasolina chegou próxima dos R$ 8 o litro, em Belo Horizonte, ela conta que cogitou abandonar o trabalho. “Ficou desesperador, precisava trabalhar e cada vez ganhava menos”, declara.
“Eu sou motorista de aplicativo porque fiquei desempregada na pandemia. Por causa da idade, estou sentindo dificuldade de encontrar trabalho. Eu me sustentava com o que recebia com as viagens que fazia, mas a gasolina ficando mais cara, fiquei desesperada. Foi uma ideia sair do aplicativo e tentar perder menos dinheiro, porque já não estava ganhando”, relata.
Ela ressalta que agora, com a queda no preço do combustível, é um incentivador para continuar. “Tem uma esperança de que a gente possa perder menos dinheiro, ganhar mais. O custo da gasolina é direto no meu trabalho, mas também é uma possibilidade da economia girar mais. Tudo depende do preço do combustível. Espero que continue assim após as eleições”, afirma.