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Estado de Minas PESQUISA

Marmitex sobe mais de 20% em um ano em BH; alta no PF passa de 10%

Levantamento do site Mercado Mineiro, feito entre 27 e 29 de julho, também aponta alta de 8,09% no preço médio da colida a quilo


01/08/2022 10:56 - atualizado 01/08/2022 14:05

Restaurante em BH
Em um ano, o valor médio do quilo de comida em restaurantes da capital mineira subiu 8,09% (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Comer fora de casa está bem mais caro em Belo Horizonte. Em um ano, o valor médio do quilo de comida em restaurantes da capital mineira subiu 8,09%, pulando de R$ 51,68, em julho de 2021, para R$ 55,86 este mês. 


O levantamento, realizado entre 27 e 29 de julho, aponta também um aumento considerável no valor do marmitex. Até o mesmo mês de 2021, o consumidor belo-horizontino precisava desembolsar R$ 13,81 na marmita menor. Este ano, é preciso pagar cerca de 21,85% a mais, chegando ao valor médio de R$ 16,83. Já o marmitex grande subiu, em média, 13,28%, indo de R$ 18,83 para R$ 21,33. 

E para os que preferem o famoso PF (prato feito), o reajuste chega a 10,53%, com um aumento de R$ 20,72 para R$ 22.90. 

Os valores mais “salgados” têm afetado diretamente o bolso do consumidor, que tem sentido na pele o aumento. 

É o caso da coordenadora sindical Fernanda Lilian da Silva, de 49 anos, que depende do almoço fora de casa quase que diariamente. “Antes dava para almoçar mais vezes. Com o valor que pago hoje, dava para almoçar até dois dias. E para tentar economizar eu venho intercalando. Alguns dias eu levo de casa e outros como em restaurantes”, contou ao Estado de Minas enquanto esperava na fila de um self-service do bairro Funcionários, na Região Centro-Sul da capital. 

No estabelecimento Tom Brasil, o valor do almoço tem se mantido na média. Por lá, o proprietário Marcos Afonso Araújo conta que tenta manter o valor enquanto aguarda que as “coisas voltem ao normal”. 

"Reajustei em janeiro, hoje nosso valor está em R$ 55,80, mas não é fácil. Está tudo caro, não tem nada barato mais. Vamos segurando, economizando de um lado e mexendo no outro. Eu saio muito fim de semana e vejo alguns lugares a mais de R$ 100, mas eu penso em quem trabalha e precisa almoçar aqui todos os dias”, avaliou. 

“A gente vai procurando opções de restaurantes que minimamente estão com um preço mais justo, mas acaba que não tem para onde correr. Você vai variando e tentando balancear para achar opções”, comentou o gerente de vendas Leonardo Batista, de 32 anos. 

Variação

De acordo com o estudo, a variação de preço entre os restaurantes pesquisados chega a 643%. Isso ocorre, no entanto, pela variedade de opções, localização e, em alguns casos, a qualidade. O valor da comida a quilo, por exemplo, pode chegar a R$ 119 em alguns casos, sendo R$ 16 o mais barato. 

Em um estabelecimento na Savassi, os reajustes são feitos aos poucos. Por lá, de acordo com o sócio-administrador Daniel Ribeiro, o aumento ainda está abaixo do considerado por ele como ideal, mas é preciso para que seja mantido um “padrão de qualidade”. 

“Obviamente a gente não conseguiu repassar tudo, mas o que a gente consegue, até acompanhando a questão do mercado, a gente tenta repassar para conseguir manter todo mundo bem empregado, além do nosso padrão de qualidade”, disse um dos responsáveis pelo Redentor Bar, onde o valor da comida a quilo está R$ 79,90. 

Para quem sempre frequenta locais de self-service, os reajustes também significam uma queda no poder de compra envolvendo o vale alimentação.  

“O meu acaba mais cedo, não está dando mais para o mês inteiro. Ele chegou a durar mais. Moro em BH há seis meses e percebi, desde que cheguei, um aumento nas coisas. E ainda sou vegetariana, então teoricamente o meu prato ficaria mais barato por não comer carne, mas não tem ficado. Então tento dar uma equilibrada para economizar durante a semana”, finalizou a administradora Bruna Fernandes Ferreira Tostes, de 30 anos. 

Prato feito e marmitex

Também considerando as variações, o prato feito em BH pode custar entre R$10,99 e R$48, com uma variação de 336%. No caso do marmitex, a diferença alcança 325% para o grande - entre R$10,99 e R$46,70 - e 157% para o pequeno - entre R$10,50 e R$27,00. 

Em relação às bebidas, o levantamento considera uma variação de 100% para o suco natural de laranja, encontrado entre R$ 4 e R$ 8, e de 65% para o refrigerante em lata, que pode custar de R$ 4 a R$ 6,60.


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