O desemprego no Brasil representou queda de 1,8 ponto percentual no trimestre encerrado em junho, na comparação com o anterior e, com isso, a taxa de desocupados passou de 11,1% para 9,3% — o menor patamar para o período desde junho de 2015, de 8,4%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada nesta sexta-feira (12/8).
Conforme os dados da Pnad Contínua, o número de desempregados recuou 15,6% na mesma base de comparação trimestral, somando 10,1 milhões de pessoas. Isso representa 1,9 milhão de pessoas a menos em busca por trabalho no país.
Os dados IBGE ainda mostram que a taxa de desemprego caiu em 22 unidades da federação, entre abril e junho deste ano, na comparação com os três meses anteriores. Cinco estados registraram estabilidade.
Pernambuco registrou o maior queda da desocupação, na comparação do primeiro trimestre do ano em relação ao segundo, de 3,5 pontos percentuais. Contudo, o estado ainda tem uma das maiores taxas de desemprego do país. O Nordeste é a região com maior taxa média de desemprego, de 12,7%. A Bahia, com taxa de 15,5% registra o maior percentual, seguida por Pernambuco, com 13,6%.
As menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e Rondônia, conforme os dados do IBGE.
Os números da Pnad Contínua Trimestral mostram que 73,3% dos brasileiros empregados do setor privado tiveram a carteira assinada, destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%). Os estados com as menores taxas foram Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%).
Renda encolhe 5,1% no ano
Apesar do aumento do número de pessoas ocupadas, o rendimento médio dos trabalhadores, de R$ 2.652 ficou estável na comparação com o primeiro trimestre. No acumulado do ano, houve queda de 5,1%. Já a massa de rendimento chegou a R$ 255,7 bilhões — aumento de 4,4% frente ao trimestre anterior e de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme dados do IBGE, contingente de pessoas ocupadas cresceu 3,1% na comparação com o primeiro trimestre do ano, para 98,3 milhões, foi recorde da série histórica da Pnad, iniciada em 2012. O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população com idade para trabalhar), de 56,8%, foi o mais alto para os três meses encerrados em junho desde 2015, quando a taxa foi de 57,4%.
A taxa de brasileiros subutilizados, de 21,2%, foi a menor desde 2016 (20,9%) e a população subutilizada, de 24,7 milhões encolheu 7,7% no trimestre e 24,1% no ano.
A população desalentada, que desistiu de procurar emprego, somou 4,3 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho. Esse dado é 7,1% menor do que o registrado no trimestre anterior. O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 3,8%.
A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra do levantamento trimestral corresponde a 211 mil domicílios pesquisados no país.