Em uma tentativa de cortar custos, a Ford anunciou, nesta segunda-feira (22/8), que vai demitir quase 3 mil trabalhadores das fábricas e colaboradores com contrato em vigência. A montadora vive etapa decisiva, na qual migrará gradativamente para o mercado de veículos elétricos.
Os Estados Unidos serão os mais afetados pela decisão da empresa e terão pelo menos 2 mil funcionários desligados, provavelmente no estado de Michigan. No entanto, a onda de demissões deve atingir trabalhadores do Canadá e da Índia.
Segundo o "Wall Street Journal", a montadora enviou um e-mail interno aos funcionários dizendo que os afetados serão informados ainda nesta semana sobre os desligamentos.
A empresa vem passando por fase de restruturação e aposta na fabricação de carros elétricos e baterias. A tendência é que novos trabalhadores com mais experiência no ramo sejam contratados aos poucos.
Fim da produção no Brasil
No Brasil, a montadora anunciou o fim da produção de veículos em janeiro de 2021. A multinacional operava uma fábrica de veículos de Camaçari (BA) e outra de motores e transmissões em Taubaté (SP), além da unidade de Horizonte (CE), que montava os jipes da marca Troller.
A justificativa para a decisão foi a crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus. Em contrapartida, a Ford anunciou investimento de US$ 580 milhões na modernização da Fábrica General Pacheco, em Buenos Aires, que é responsável pela produção da picape Ranger.